Animais seguem no Parque de Exposições

SGPA e criadores tomaram a medida para evitar que os animais corram riscos de maus tratos nos bloqueios que ocorrem nas rodovias estaduais e federais

Postado em: 29-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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SGPA e criadores tomaram a medida para evitar que os animais corram riscos de maus tratos nos bloqueios que ocorrem nas rodovias estaduais e federais

Denise Soares


A paralisação dos caminhoneiros autônomos contra o aumento do diesel ultrapassou uma semana e reflete no transporte dos animais que participaram da 73ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás. Os protestos adiaram a retirada de mil animais que estavam expostos na festa, que terminou neste domingo (28), no Parque de Exposição de Goiânia, no Setor Nova Vila.

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Segundo a vice-presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e presidente da comissão de animais, Ana Maria Miranda, por força contratual, a retirada dos animais deveria ter ocorrido a partir da meia noite desta segunda-feira (28). No entanto, em razão da incerteza provocada pelos protestos a organização e os criadores decidiram mantê-los no Parque, para que não corram riscos de maus tratos nos bloqueios que ainda ocorrem nas principais rodovias estaduais e federais do Estado e do país. Até ontem à noite, a previsão era de retirar e transportar pelo menos 500 animais.

Além dos bichos, tratadores e até expositores ainda permanecem no Parque. Ana Maria pontuou que a SGPA providenciou a manutenção da acomodação e mais de 36 toneladas de suprimentos para alimentar por até 15 dias bovinos, suínos, equinos e caprinos. A maioria dos animais é bovino de grande porte e consome cerca de 12 toneladas de silagem por dia. “Eles estão bem cuidados. Mas, não podem ficar no parque por muito tempo. Os animais precisam voltar as suas rotinas diárias no campo”, alerta.

A Comissão de Gerenciamento de Crise da SGPA, criada neste domingo pela organização, também optou pela manutenção da estrutura para possibilitar o trabalho de veterinários, tratadores e demais colaboradores. Para tanto, o restaurante e o alojamento do parque continuam em funcionamento. A limpeza e a segurança também serão mantidas pelos próximos dias, mas o parque segue fechado para o público.

Além do bem-estar dos animais, a organização se preocupa com eventos similares, já que parte das criações são expostas em São Paulo, Minas Gerais e Bahia. A vice-presidente da SGPA frisou que pessoas e animais estão livres para ir quando avaliarem pertinente. “Enquanto precisarem ficar serão bem tratados.” A assessoria de comunicação do órgão salientou que o processo de retirada dos animais segue um protocolo sanitário exigido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e demais entidades do seguimento, que conta com exames e uma série de procedimentos. 

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