Quinta-feira, 28 de março de 2024

Agronegócio goiano atinge US$ 1,1 bilhão em exportações no mês de abril

O produto que teve maior destaque foi a soja, que correspondeu a 80,1% desse faturamento, mas os dados apontam para uma diversificação na cartela de produtos exportados

Postado em: 16-05-2023 às 08h36
Por: Anna Letícia Azevedo
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O produto que teve maior destaque foi a soja, que correspondeu a 80,1% desse faturamento, mas os dados apontam para uma diversificação na cartela de produtos exportados | Foto: iStock

O estado de Goiás exportou no mês de abril um total de US$ 1,1 bilhão em Valor FOB (Free On Board) e 1,8 milhão de toneladas em volume. Este ano o comércio exterior do agro goiano totalizou US$ 3,6 bilhões.

Os dados são da plataforma Agrostat – Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O produto que teve maior destaque foi a soja, que correspondeu a 80,1% desse faturamento. Porém os dados apontam para uma diversificação na cartela de produtos exportados.

À vista disso, o complexo de soja, produto com maior saída, representou o montante de US$ 892 milhões, ano passado no mesmo período este produto rendeu US$ 999 milhões, de acordo com o Mapa indicador do Agrostat. Sendo este complexo composto por a soja em grão foi o item que gerou maior receita (US$ 753,5 milhões), seguida pelo farelo de soja (US$ 120,2 milhões) e pelo óleo de soja (US$ 18,5 milhões).

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Conforme a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (SEAPA), a soja é o principal produto da pauta agrícola de Goiás. Para a safra 2022/2023, a estimativa da Conab é que a produção goiana de soja alcance 17,7 milhões de toneladas — o que deve corresponder a 54,9% de toda a produção goiana de grãos. A soja também tem a maior participação nas exportações do agronegócio goiano. De janeiro a dezembro de 2022, os produtos do complexo soja responderam por 65,8% de tudo que Goiás faturou com as vendas externas do agro. Foram US$ 7,7 bilhões só com os produtos do complexo soja”. Nesse sentido, justificando o alto volume de exportação deste produto.

Os parceiros comerciais que têm sido os principais destinos das exportações de produtos agro produzidos em Goiás de acordo com a Seapa, foram a China, Tailândia, Irã, Indonésia, Taiwan, Índia, Coreia do Sul, Vietnã, Japão e Estados Unidos.

Outros produtos

Além da soja, as carnes ocuparam o segundo lugar na lista de produtos agropecuários goianos que, no comércio exterior, proporcionaram maior arrecadação no quarto mês do ano, foram US$ 137,5 milhões. A carne bovina liderou o segmento (US$ 92,4 milhões). Entre os itens mais comercializados (em Valor FOB) vieram na sequência: a carne de frango (US$ 41,8 milhões), a carne suína (US$ 2,5 milhões) e as demais carnes (US$ 800,2 mil).

Como também, o complexo sucroalcooleiro (produção de açúcar, álcool, aguardente e de outros derivados da cana-de-açúcar, como etanol e solventes) também foi destaque nas vendas externas do agro estadual, ficando na terceira posição, com US$ 36,8 milhões em faturamento. Deste total, US$ 21,7 milhões foram arrecadados com a comercialização de álcool etílico, enquanto o açúcar de cana ou beterraba respondeu por outros US$ 15,1 milhões.

Ademais, outros produtos que contribuíram para a alta na exportação em Goiás. foram: couros, produtos de couro e peleteria, em quarto, com US$ 11,9 milhões; demais produtos de origem animal, em quinto, com US$ 10,5 milhões; fibras e produtos têxteis, em sexto, com US$ 6,8 milhões; demais produtos de origem vegetal, em sétimo, com US$ 6,1 milhões; cereais, farinhas e preparações, em oitavo, com US$ 5,7 milhões; café, em nono, com US$ 4,1 milhões; e produtos oleaginosos exceto soja, em décimo, com US$ 817,8 mil. No quarto mês do ano, as exportações de produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos proporcionaram faturamento de US$ 700,1 mil. Já os produtos florestais responderam por US$ 108,4 mil.

Em relação aos produtos exportados, a Seapa afirma que os pequenos e grandes produtores do estado têm se beneficiado. “O esforço do Governo de Goiás é justamente para profissionalizar, criar oportunidades e fazer com que esse pequeno produtor se beneficie cada vez do movimento do agronegócio goiano, que é muito forte. É ele quem mais precisa da ajuda do Estado e por isso tem sido o alvo preferencial das nossas políticas”.

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