Abastecimento escoltado

O serviço é oferecido pelas forças policiais para evitar o desabastecimento de certos produtos essenciais

Postado em: 30-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O serviço é oferecido pelas forças policiais para evitar o desabastecimento de certos produtos essenciais

Rafael Melo


Após uma reunião do Gabinete de Monitoramento da Paralisação do Transporte Rodoviário de Cargas (GMPTC) na segunda-feira (28), foi determinado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) a escolta de caminhões para garantir o abastecimento de alguns produtos no Estado. Com a escolta, os caminhões não são parados nos bloqueios organizados pelos caminhoneiros que protestam contra a alta do diesel. A medida visa permitir o transporte de cargas como combustível, alimentos, gás, medicamentos e animais vivos.

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Segundo a SSP-GO, as escoltas serão feitas de acordo com a necessidade de cada região. O serviço é realizado pelas equipes da Polícia Militar (PM), Exército Brasileiro e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Para solicitar escolta, empresas e motoristas devem entrar em contato pelo telefone (62) 3201-6101. As escoltas também podem ser pedidas nos comandos regionais da Polícia Militar. Já o número (62) 3201-2052 será disponibilizado para denúncias de crimes relacionados à paralisação dos caminhoneiros, como bloqueios, venda ilegal de produtos e furtos e roubos de cargas.

Cerca de 50 caminhões de combustível foram escoltados somente no primeiro dia de operação, sendo 30 para a Região Sudoeste de Goiás e 20 para Goiânia. No dia 28 foram registrados 47 pontos de bloqueio em rodovias estaduais e 23 em federais. De acordo com a SSP-GO, já foram feitas mais 37 escoltas depois da determinação. Estão agendadas mais três grandes escoltas para um total de 100 caminhões, além de outras 5 escoltas menores.

A prioridade tem sido dada aos caminhões de combustível e estão recebendo apoio os demais caminhões que seguem para a mesma direção que, possivelmente, terá algum bloqueio. “Estamos diante de um problema nacional e sentimos a necessidade de organizar as demandas, equacioná-las e atendê-las”, declarou o titular da SSP, Irapuan Costa Júnior. Diversas autoridades participaram da reunião na segunda-feira (28). Entre elas, dirigentes de todas as forças policiais, superintendentes da SSP e membros do Exército, Polícia Rodoviária Federal e representantes de entidades de classe.


Movimentação

Diversas cidades do Estado estão em situação de emergência devido à falta de combustível provocada pela greve dos caminhoneiros, além de problemas com o abastecimento de alimentos e fornecimento de remédios. A paralisação da categoria começou no dia 21 de maio e cobra a aprovação do Projeto de Lei 528, que estabelece um piso para o frete de combustíveis no país. Além disto, a categoria reivindica a redução no preço do óleo diesel e a criação de uma tabela compensatória, que pague aos motoristas por km rodado.

Diante da situação, o presidente da República, Michel Temer (MDB), determinou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. A paralisação da categoria impende a circulação de caminhões com mercadorias e já afetou vários serviços, como a distribuição de gás e combustíveis e, consequentemente, o transporte público.


Os consumidores

Na tarde de segunda-feira (28), o Procon Goiás recebeu 8 denúncias sobre a falta de oferta de Gás GLP e preços abusivos. Em um dos estabelecimentos denunciados, no Bairro Village Atalaia, ficou constatado, após verificação de documentos, a realização da venda do produto pelo valor de R$ 150. A empresa foi autuada de imediato. As demais denúncias continuam sendo apuradas por nossas equipes de fiscais. (leia mais na página 10)

A superintendente do Procon Goiás, Darlene Araújo, alerta  todos  os fornecedores (empresas) para  manterem as  margens normais de lucro, obtidas antes da paralisação dos caminhoneiros, sob pena de aplicação das sanções cabíveis, que incluem multa e interdição, sem prejuízo da indenização pelos danos difusos.

Ao todo foram 149 denúncias originadas dos municípios goianos e da Capital. As denúncias estão sendo constatadas pelas equipes de fiscalização (115 postos de combustíveis fiscalizados) na região Metropolitana de Goiânia. Os consumidores podem encaminhar denúncias ao Procon Goiás pelo telefone 151, presencialmente ou pelo ProconWeb. Além disso, devem sempre exigir a nota fiscal ao abastecer. 

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