Por não permitir troca de escala, PM mata comandante de batalhão e outro colega em São Paulo

O crime ocorreu após divergências com o comando da unidade por conta da escala de trabalho

Postado em: 17-05-2023 às 09h33
Por: Ícaro Gonçalves
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O crime ocorreu após divergências com o comando da unidade por conta da escala de trabalho | Foto: Reprodução/Redes sociais

Um sargento da Polícia Militar matou a tiros um sargento e o comandante do batalhão no qual servia em Salto, cidade no interior de São Paulo, na manhã de segunda-feira (15/5). Segundo informações do advogado do PM, o crime ocorreu após divergências com o comando da unidade por conta da escala de trabalho.

O investigado se chama Cláudio Henrique Frare Gouveia. Militar há 32 anos, ele é sargento e também casado com uma mulher policial que servia na mesma unidade e horários que o marido.

Segundo o advogado, Rogério Augusto Dini Duarte, os horários coincidentes atrapalhavam os cuidados da filha pequena e no dia a dia do casal, causando “problemas conjugais”.

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“Parece coisa boba, mas não é. Isso interfere na vida da família, do casal… Como os dois serviam na mesma unidade, o comando deveria levar em consideração, dialogar, tentar resolver o problema, e não impor. Será que não dava para remanejar a escala de um deles?”, disse Duarte ao portal Metrópoles.

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O crime

O advogado disse que a situação ficou insustentável, o que levou Gouveia a invadir a sala do comando armado com um fuzil 556 e dois pentes carregados. “Foram pelo menos 23 disparos”, conta Duarte, lembrando que Gouveia e nunca teve problemas em sua carreira.

As vítimas foram o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, e o sargento Roberto Aparecido da Silva, que despachava documentos com o superior no momento dos disparos. Claúdio Gouveia se entregou logo após o crime comandante da unidade, 

O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar. Em nota, a PM lamentou o episódio e afirmou que “todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento”.

A Prefeitura de Salto decretou luto de três dias e expressou “profunda consternação” com a morte dos dois policiais militares.

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