Casos de gripe aviária no Brasil mantém alerta sobre Goiás
Ocorrência em aves silvestres no Espírito Santo não afeta a avicultura comercial, mas governo decide manter vigilância e cuidados sanitários
Por: Alexandre Paes
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), intensifica as medidas de prevenção e vigilância da gripe aviária. Os cuidados reforçados em Goiás aconteceram após o estado do Espirito Santo (ES) informar que abateu de forma preventiva 26 aves silvestres que estiveram em contato com exemplares contaminados com o vírus da gripe aviária (H5N1), ou influenza aviária.
Conforme informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a avicultura comercial não sofre qualquer abalo, mantendo as atividades produtivas normais e as exportações. Mas o Ministério da Saúde (MS) confirmou a notificação de um caso suspeito de gripe aviária em humano, em Vitória.
O paciente é um homem de 61 anos de idade, funcionário de um parque onde foi encontrada uma ave com resultado positivo para a doença. Ele apresenta sintomas gripais leves, e conforme protocolo de vigilância sanitária está em isolamento e é monitorado por equipes de saúde do município.
O presidente da Agrodefesa, José Essado, alertas as indústrias, criadores, produtores integrados, responsáveis técnicos pelas empresas, profissionais da medicina veterinária, agentes da cadeia produtiva e a população em geral para que redobrem os cuidados, contribuindo para evitar a chegada da gripe aviária ao Estado. A doença pode causar danos à saúde das pessoas e grandes prejuízos aos criadores e à economia.
“É fundamental que todos façam sua parte e coloquem em prática as medidas estabelecidas pelo Serviço Veterinário Oficial, em especial as normas de biosseguridade. E, principalmente, que qualquer modificação no comportamento e na saúde das aves seja imediatamente notificada à Agrodefesa, que está preparada para adotar as medidas necessárias”, reitera José Essado.
Principais cuidados
O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio do Amaral Leal, reforça a importância das medidas preventivas, tais como evitar ao máximo o contato das aves das granjas com aves de vida livre; barrar o acesso de pessoas alheias às granjas; usar roupas exclusivas para manejo das aves nos criatórios; além de desinfetar veículos antes da entrada e na saída do local. “É muito importante que os criatórios e granjas mantenham sempre em dia os registros de controles sanitários”.
Em caso de aparecimento de sintomas suspeitos nas aves, como sinais respiratórios, digestivos, nervosos e/ou mortalidade acima do normal, os responsáveis devem entrar em contato imediatamente com a Agrodefesa, tanto nos escritórios locais, quanto por telefone (62 3201-3574 e 3201-8576) ou e-mail ([email protected]) para relato da ocorrência.
“A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. Atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de influenza aviária de alta patogenicidade e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais”, informou o ministério.
Ainda de acordo com a pasta, a depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas sanitárias poderão ser adotadas pelo governo federal e pelos órgãos estaduais de sanidade agropecuária para evitar a disseminação do vírus e proteger a avicultura nacional.