Volume de embalagens recicladas deve quadruplicar em Goiás, após regulamentação da política de reaproveitamento

A expectativa é que a logística reversa auxilie os municípios a fazerem a transição dos lixões para aterros sanitários

Postado em: 20-05-2023 às 17h28
Por: Redação
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A expectativa é que a logística reversa auxilie os municípios a fazerem a transição dos lixões para aterros sanitários | Foto: Semad

Com a chegada da política de logística reversa, que já está em vigor no Estado, o volume de embalagens recicláveis que são reaproveitadas deve quadruplicar em Goiás. Estima-se que hoje somente 5% de todo o papelão, vidro, metal e plástico que é colocado no mercado volte para a cadeia produtiva. De acordo com as novas regras, esse percentual terá de chegar a 22%.

O decreto que estabelece as diretrizes da logística reversa foi publicado no Diário Oficial em abril deste ano. O percentual de 22% foi estabelecido pelo Acordo Setorial de Embalagens em Geral, porém o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), instituído pelo decreto 11.043/2022, já estabeleceu metas progressivas, que irão crescer com o passar dos anos. Goiás se junta a um grupo de estados que já regulamentaram a logística reversa como Piauí, Paraíba e Pernambuco.

“A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vai assumir um papel de fiscalização. A nossa tarefa será de receber os relatórios das empresas gestoras e certificar que a indústria está cumprindo o que determina a lei”, afirma a titular da Semad, Andréa Vulcanis. O descumprimento da obrigação é conduta a ser tipificada como crime ambiental.

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Como funciona

As indústrias poderão contratar uma entidade gestora independente, para auxílio na implementação de seu sistema. Essa entidade vai informar para as cooperativas de reciclagem o volume de plástico, metal, vidro e papelão que precisa ser recolhido para alcançar os 22% estabelecidos pela norma. Os catadores vão receber créditos financeiros de acordo com a quantidade de recicláveis comercializados, além de serem remunerados ao vender o material para a indústria de reciclagem. Os valores envolvidos no processo serão definidos pelo mercado, sem a interferência do poder público.

Lixões

A expectativa é que a logística reversa auxilie os municípios a fazerem a transição dos lixões para aterros sanitários. De acordo com o Marco do Saneamento Básico, o prazo para que os lixões sejam desativados vai até agosto de 2024.

“A logística reversa vai contribuir para redução dos resíduos sólidos que vão para o descarte. É uma medida que se soma a um conjunto de outras ações que têm a mesma finalidade: reduzir o impacto que os resíduos causam ao meio ambiente”, explica a superintendente de Políticas Públicas de Saneamento da Semad, Kaoara Batista.

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