Programa Mais Médicos volta com cara nova para os profissionais

Com edital aberto para quase 6 mil vagas, o Programa Mais Médicos retorna a contratar com a proposta de maior valorização profissional

Postado em: 23-05-2023 às 08h27
Por: Anna Letícia Azevedo
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Com edital aberto para quase 6 mil vagas, o Programa Mais Médicos retorna a contratar com a proposta de maior valorização profissional | Foto: Divulgação

O retorno do Programa Mais Médicos abril o edital com 5.970 vagas na última sexta-feira (19/05), com prioridade para brasileiros, estas vão até dia 31 deste mês. De acordo com a divulgação do Ministério da Saúde as vagas serão distribuídas em 1.994 municípios em todas as regiões do Brasil. Além do objetivo de levar atendimento de saúde a locais no país com vazios assistenciais, também, se dá pela proposta de qualificação profissional e aperfeiçoamento, e maiores vantagens de remuneração para os médicos que ingressarem no projeto. 

Em Goiânia, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), terão 16 vagas para receber médicos do programa Mais Médicos para atendimentos nas unidades da atenção primária. Para a região Centro-Oeste está previsto o recebimento de 383 médicos, sendo desses, 188 profissionais que devem  incorporar o serviço no estado. No edital, a região do país com o maior número de vagas é o Sudoeste com 1.787, seguido da Norte com 1.471. 

Conforme o MS, esse processo seletivo será para recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para a Amazônia Legal. Ademais, cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Já este ano, 117 médicos foram convocados para atuar em Distritos Sanitários Indígenas (DSEIS), inclusive no território Yanomami que se encontra em situação de emergência sanitária.

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Essas oportunidades podem ser ocupadas por médicos brasileiros formados aqui no país ou no exterior, como também por médicos estrangeiros. Mas de acordo com a publicação do edital, os brasileiros são a prioridade do processo seletivo. Sendo assim, para a contagem de pontos do processo seletivo serão consideradas as especializações anteriores em atenção básica, ou seja Medicina da Família e Comunidade, Saúde da Família e capacitação profissional do Sistema UNA-SUS. Além disso, a experiência de participação anterior no Projeto Mais Médicos pelo Brasil. 

Vantagens

Outro ponto que foi bastante debatido na primeira edição do programa, foi a remuneração, e dessa vez o projeto incluiu novidades para aqueles que forem selecionados pelo processo seletivo. Anteriormente, a Licença-Maternidade era coberta apenas pelo auxílio do INSS, agora a participante receberá a bolsa para completar o valor do auxílio do INSS durante o período de até seis meses, como também haverá bolsa para licença-paternidade que não era considerada no primeiro projeto. 

Além da inclusão do Incentivo de fixação, quando o médico passa a receber o adicional de R$ 60 mil (10% do total das bolsas recebidas no período) a R$ 120 mil  (20%) a  depender da vulnerabilidade do município, ao permanecer 36 meses no município. Assim, recebendo  o incentivo completo ao final de 48 meses ou poderá antecipar 30% desse valor ao final de 36 meses. 

Este se modifica caso o médico seja um beneficiário do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), o profissional poderá receber adicional de R$ 238 mil (40% da quantia a ser recebida no período) a R$ 475 mil (80%) a depender da vulnerabilidade do município. Com o pagamento realizado em 4 parcelas: 10% por ano durante os três primeiros anos, e os 70% restantes ao completar 48 meses.

Para além das remunerações, o programa contava apenas com especializações, desta vez oferta aos profissionais além da especialização podem realizar mestrado ou aperfeiçoamento. Assim, os profissionais passaram por formação, com cursos com cursos ofertados por instituições de educação superior, além de componentes assistenciais de integração e serviço. A carga horária será de 44 horas, compreendendo  36 horas semanais dedicadas às atividades assistenciais e oito horas para atividades de formação.

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