Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Frio abre caminho para doenças respiratórias

As previsões indicam sol com poucas nuvens que podem vir a registrar a temperatura mínima de 18 ºC nos próximos dias

Postado em: 04-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Frio abre caminho para doenças respiratórias
As previsões indicam sol com poucas nuvens que podem vir a registrar a temperatura mínima de 18 ºC nos próximos dias

Rafael Melo

A­ formação de uma nova frente fria sobre o Sul do país fez com que as temperaturas despencassem ao longo da semana em diversos estados. A massa de ar frio abriu caminho para a formação de geada na Serra da Mantiqueira e no Vale do Ribeira, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Apesar do frio, em Goiás, as temperaturas permanecem estáveis. As previsões indicam sol com poucas nuvens que podem vir a registrar a temperatura mínima de 18 ºC nos próximos dias.

Com a proximidade do inverno, que começa em 21 de junho, o tempo frio se torna característico na capital federal, Brasília. Desde 20 de março, com o início do outono, o tempo começou a mudar, gradualmente, de quente e úmido para frio e seco. A expectativa é de que as chuvas voltem apenas em setembro.

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Já em outros estados do Centro-Oeste a frente fria deixa o céu cheio de nuvens em Mato Grosso do Sul e sul e oeste do Mato Grosso, com chuvisco ao amanhecer no sul e oeste de MS. Com isso, a temperatura diminui e esfria, o que é tido como sinal de alerta para as temidas doenças respiratórias.

A pneumologista e diretora da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Fernanda Miranda, explicou que, para quem já tem algum tipo de condição respiratória como asma ou enfisema, o clima mais frio pode provocar uma piora dos sintomas. A queda nas temperaturas também contribui para uma maior circulação de viroses e doenças infecciosas, já que as pessoas tendem a permanecer em locais fechados.

“A aglomeração facilita a transmissão e as partículas ficam suspensas por mais tempo no período seco, facilitando a inalação de vírus e bactérias”, explicou. “Durante esse período, é importante que as pessoas bebam muito liquido, usem hidratante corporal e soro nasal para manter as narinas bem hidratadas, além de evitar banhos quentes, que podem desidratar a pele. E, claro, tomar a vacina contra a gripe”, completou. 

Baixa cobertura

Dados do Ministério da Saúde revelam que 21 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo ainda precisam ser vacinadas contra a gripe. O grupo com menor índice de vacinação é de crianças entre 6 meses a menores de 5 anos – até sexta-feira (25), a cobertura era de apenas 46%.

“Esse é um sinal de alerta. As crianças que podem ser vacinadas precisam receber a dose. As doenças respiratórias costumam se manifestar de forma mais grave nessa população. A orientação é procurar a vacina o quanto antes. Estamos no início do período de inverno e as infecções ainda vão aumentar se não houver vacinação”, explicou Fernanda.

O público com maior cobertura, até o momento, é de puérperas, com 74%, seguido pelos idosos (71%), trabalhadores da saúde (67%) e professores (67%). Entre as gestantes, a cobertura de vacinação está em 51%.

Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem ser imunizadas. Neste caso, é preciso apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em que estão registrados para receber a dose. 

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