Depósitos de gás seguem sem o produto

Mesmo após o fim da greve dos caminhoneiros, Goiás ainda sofre com desabastecimento de gás de cozinha

Postado em: 06-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Mesmo após o fim da greve dos caminhoneiros, Goiás ainda sofre com desabastecimento de gás de cozinha

Raunner Vinícius Soares*


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Sete dias após o fim da greve dos caminhoneiros e a distribuição do gás de cozinha continua prejudicada. O gás de cozinha no Estado de Goiás está normalizado em apenas 25% das distribuidoras. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás), Zenildo Dias do Vale, para piorar, os consumidores estão comprando mais de um botijão de gás de cozinha por vez, intensificando a falta do produto. O Sinegás afirma que a distribuição só será normalizada na próxima segunda-feira (11).

Os goianos consomem, em média, 1,8 milhões de botijões por mês, segundo dados do Sindigás. Zenildo informa que tem uma pequena possibilidade de que hoje a situação esteja um pouco melhor, mas é muito incerto ainda. “O fato é que tem muitos caminhões em transito nas BRs, que também é um problema”, pontua o presidente.  Afirma ainda que os preços variam de R$ 70 a R$ 80, e os que praticam valores acima devem ser denunciados aos órgãos responsáveis. “Empresário que pratica preços acima do recomendado, o lugar dele é na cadeia”, enfatiza.

O Procon divulgou  um balanço das ações de fiscalização dos preços do gás de cozinha do dia 20 a 30 de maio, foram recebidas neste prazo 18 denúncias acerca de prática abusiva na venda do Gás GLP (gás de cozinha) por revendedoras e todas as empresas foram fiscalizadas,  sendo que duas foram autuadas por vender o produto pelo valor de  R$ 150, e as demais não estavam funcionando, ou seja portas fechadas por falta de estoque. Foram fiscalizados 12 supermercados, abrangendo mais de 220 itens conferidos e não foram constatados indícios de prática abusiva. Portanto, já foi fiscalizado o total de 213 empresas (revendedoras de gás de cozinha, supermercados e postos de combustíveis)

A Delegacia do Consumidor também informou que na segunda-feira (5) foram feitas 29 reclamações de preços abusivos ainda não apurados, e ontem foram feitas 18 reclamações, onde duas foram feitas pela plataforma online da delegacia, e 45 foram feitas pelo telefone. O órgão que continua fiscalizando e recebendo as denúncias orienta que os consumidores podem encaminhar as práticas pelo Disque-Denúncia 151, pelo telefone (62) 3201-7124, e também presencialmente na sede localizada na Rua 8, nº242, Edifício Torres, no Centro de Goiânia, ou nas agências do Vapt Vupt. O atendimento também pode ser feito pela plataforma online  ProconWeb (proconweb.ssp.go.gov.br).


Cálculos do governo

Governo Temer manifesta interesse em subsidiar os preços do gás de cozinha, diesel e gasolina para evitar que os reajustes da Petrobrás sejam repassados integralmente ao consumidor, que custaria R$ 30 bilhões ao Tesouro Nacional até fim do ano, segundo fontes oficiais. A medida é um desejo de parte do governo, que teme insatisfação popular com a alta dos preços dos combustíveis. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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