Projeto pede presença de psicólogos nas escolas

É crescente o aumento da violência nas escolas públicas, e também nas particulares. Ações vão desde agressões, roubos e estupros, aponta Unesco

Postado em: 07-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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É crescente o aumento da violência nas escolas públicas, e também nas particulares. Ações vão desde agressões, roubos e estupros, aponta Unesco

Raunner Vinícius Soares*

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A violência nas escolas é um problema que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que fez um estudo em todo o país em 2015, subiu 65%. De acordo com pesquisadores da Organização, a violência nas escolas se manifesta por meio de agressões, roubos e assaltos, estupros, depredações, porte de armas e discriminação racial. Ainda segundo o mesmo levantamento, 70% dos alunos que possuem armas já as levaram para a escola. 

Para combater este problema, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás aprovou um projeto que torna obrigatório a presença de psicólogo escolar nas redes públicas de ensino fundamental e médio. O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Francisco Jr. (PSD). 

De acordo com a proposta, o psicólogo terá a função de atuar junto às famílias, corpos docentes e discentes, direção e equipe técnica, para melhorar o desenvolvimento humano dos alunos, das relações professor-aluno e aumento da qualidade e eficiência do processo educacional. 

Rede pública

Estudos indicam que esse problema não se limita apenas a colégios públicos, “pois a violência se estende até mesmo a escolas particulares”. Professores e alunos convivem com as ameaças decorrentes de atividades criminosas: tráfico de drogas, posse de armas e atuação de gangues. A mesma pesquisa da Unesco revela que 40% dos professores atribuem o problema da violência nas escolas ao envolvimento de alunos com o tráfico.

O projeto foi encaminhado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte. A matéria retornou à CCJ, onde foi aprovada, e segue pelo plenário. “As escolas públicas têm registrado elevados índices de violência e esse projeto tem como objetivo amenizar essa situação, obrigando a presença de psicólogos escolares, contribuindo para os processos educacionais, atuando em diagnósticos e intervenções preventivas e corretivas, em grupo ou de forma individual”, defendeu Francisco Jr, no texto apresentado.

O estudo traz à tona o caso do adolescente de 14 anos, que era aluno do Colégio Goyases e filho de policias militares que efetuou disparos contra os colegas de classe. Entre as vítimas fatais, dois garotos, que morreram na sala de aula logo após os disparos. Ficaram feridos duas garotas, uma de 14 e outra de 13 anos. Outro garoto de 13 anos também ficou ferido com os disparos. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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