Segundo CNI, mais de 30% da malha ferroviária estão inutilizados

Para os especialistas, a malha ferroviária do país é um sistema com deficiências e dificuldades específicas envolvendo as concessionárias

Postado em: 07-06-2018 às 15h30
Por: Márcio Souza
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Para os especialistas, a malha ferroviária do país é um sistema com deficiências e dificuldades específicas envolvendo as concessionárias

Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), com base em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
mostra que mais de 30% da extensão de trilhos ferroviários do país estão
inutilizados e 23% estão sem condições operacionais.

O estudo, denominado “Transporte ferroviário: colocando a
competitividade nos trilhos”, integra uma série de 43 documentos sobre temas
estratégicos que a entidade entregará aos candidatos à Presidência da
República.

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No documento, a sugestão é que o caminho para a superação
dos gargalos no setor passa necessariamente pelo aumento da conectividade do
sistema, do tamanho da malha e da velocidade média dos comboios.

Problemas

Para os especialistas, a malha ferroviária do país é um
sistema com deficiências e dificuldades específicas envolvendo as
concessionárias, além da ausência de concorrência no mercado e falhas na
interconexão das malhas. Segundo o estudo, as características dos contratos de
concessão firmados na década de 1990 geraram esses problemas.

O gerente executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner
Cardoso, disse que uma forma de buscar a recuperação do setor é autorizar a
prorrogação antecipada desses contratos de concessão, de forma que as
concessionárias passem, a partir da renovação, a serem obrigadas a reservar uma
parcela da capacidade instalada da ferrovia para compartilhamento e a investir
valores preestabelecidos na melhoria e ampliação das malhas.

“Não renovar os contratos significa prolongar pelos próximos
dez anos o reduzido volume de investimento e, consequentemente, os gargalos e
trechos saturados disseminados no sistema ferroviário, congelando a atual
capacidade de transporte das ferrovias do país”, afirmou Cardoso.

 Com informações da Agência Brasil. 

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