UEG confirma descoberta de dois pseudoescorpiões
Animais foram encontrados no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco
Por: Francisco Costa
O laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis, confirmou a existência de duas novas espécies de pseudoescorpiões. A descoberta ocorreu na caverna Furna do Morcego, no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco. O responsável foi o pesquisador Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco.
Tratam-se de pequenos aracnídeos com 1,5 milímetro de tamanho. Pesquisador da UEG, Everton Tizo Pedroso explica a classificação “pseudoescorpiões”.
“Embora se pareçam com os escorpiões verdadeiros, por causa das pinças, os falsos escorpiões não possuem o pós-abdome e o aguilhão inoculador de veneno, além de serem muito menores. Eles se abrigam sob as cascas de árvores, em meio às folhas no chão de florestas e nas frestas de rochas em cavernas. Alimentam-se de pequenos invertebrados e são inofensivos às pessoas.”
Segundo ele, o Brasil tem a quinta maior fauna de falsos escorpiões com 182 espécies – agora, 184 – e estes animais ajudam a controlar as populações de pequenos invertebrados que ocorrem nos diferentes ambientes. “Apesar disso, a diversidade deste grupo é muito pouco conhecida para a maioria dos biomas brasileiros”, aponta.
O estudo, de autoria do professor Dr. Everton Tizo, da UEG, do doutorando em Recursos Naturais do Cerrado da Universidade Estadual de Goiás (Renac|UEG), Edwin Dedoya-Roqueme, e dos professores doutores Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco, e André Felipe de Araújo Lira, da Universidade Federal de Campina Grande, teve publicação em 23 de maio. Foi um artigo científico como nome “Two new cave-dwelling pseudoscorpion species (Arachnida: Pseudoscorpiones) from Northeastern Brazil” (Duas novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas (Arachnida: Pseudoscorpiones) do Nordeste do Brasil, em tradução livre). Ele saiu na Revista Zootaxa, importante periódico de taxonomia da Nova Zelândia.
Fãs das obras icônicas de J.R.R. Tolkien, os pesquisadores deram às novas espécies os nomes de Gollum e Smaug. São personagens, respectivamente, de O Senhor dos Anéis e o Hobbit.
