Rodovia de Luziânia está entre as mais perigosas

Pontos da BR-040 somam 140 batidas com 26 mortes, aponta estudo da CNT

Postado em: 08-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pontos da BR-040 somam 140 batidas com 26 mortes, aponta estudo da CNT

Raunner Vinícius Soares*


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Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek, BR-040, no ponto que passa por Luziânia, no Entorno de Brasília, tem dois dos dez trechos de rodovias federais mais perigosos do país. Os dois pontos somam 140 acidentes com 26 mortes em um ano. 

São diversos fatores que levam a este resultado, como falhas humanas, problemas veiculares, ambientais e sinalização.  Com base em dados fornecidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), considerando todos os acidentes registrados nas estradas, a CNT analisou os pontos mais críticos para tentar ajudar nas estratégias e políticas públicas para diminuir os acidentes. 

O levantamento indica que o ponto mais crítico da BR-040 é entre os km 10 e km 20. No local aconteceram, no ano passado, 103 acidentes, com 15 mortos ao todo. Este trecho só perde para a BR-101, em Guaraparí, no Espírito Santo, e outro ponto desta rodovia na cidade de Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco. Porém, o trecho entre o km 20 e o km 30 da BR-040 foi considerado o sétimo ponto mais perigoso, com 11 mortes e 37 acidentes.


Acidente

Um dos acidentes registrados no trecho em 2017, seis pessoas morreram após colisão com três veículos. A PRF do Distrito Federal informou que todas as vítimas estavam no mesmo veiculo. Ocorreram cinco mortes no local, dois homens, uma mulher, uma criança e ainda um bebê de sete meses. Já a outra mulher morreu após ser socorrida e levada a uma unidade de saúde da cidade. A corporação informou que os veículos trafegavam no sentido de Luziânia para Cristalina, também no entorno do DF, quando bateram de maneira transversal.

O apontamento final do estudo coloca as questões que levam a estes acidentes. “Nos locais concentradores de acidentes e de mortes no trânsito, são identificados com deficiência em infraestrutura viária (projetos e manutenção) e com falta de fiscalização, investimentos de baixo custo poderiam trazer retorno significativo em termos de redução do número de acidentes e mortos”, afirma o estudo.


Acidentes

O levantamento da CNT leva em consideração que os maiores índices de óbitos nas BRs em 2017 ocorreram em trechos com problemas na sinalização que receberam classificação regular, ruim e péssimo. Foram 11,4 mortes a cada 100 acidentes. O número chega a ser 9,6% maior do que nos trechos com avaliação positiva, ótimo ou bom, que tiveram 10,4 mortes por 100 acidentes.

Em relação à ocorrência de acidentes, os trechos rodoviários com sinalização ruim ou péssima também lideraram as estatísticas: o índice chega a 13 mortes a cada 100 acidentes em cada uma das situações. O menor registro ocorre em trechos com sinalização ótima, sendo 8,5 mortes por 100 acidentes, 34,6% menor do que em trechos considerados ruins ou péssimos.

Alguns aspectos podem ser determinantes para as mortes e os acidentes. O estudo mostra que, considerando apenas os locais onde ocorreram colisões frontais, 53,9% dos acidentes com vítimas e 47,7% das mortes foram em segmentos onde a pintura da faixa central se encontrava desgastada ou inexistente. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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