Campanha de vacinação contra febre aftosa entra na reta final

Por causa da greve dos caminhoneiros, o período de vacinação foi estendido até dia 15 deste mês

Postado em: 08-06-2018 às 16h45
Por: Márcio Souza
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Por causa da greve dos caminhoneiros, o período de vacinação foi estendido até dia 15 deste mês

Faltando apenas uma semana para ser concluída, a etapa de
maio da campanha de vacinação contra a febre aftosa entra na reta final e os
pecuaristas devem ficar atentos para não perder o prazo. Por causa da greve dos
caminhoneiros, o período de vacinação foi estendido até dia 15 deste mês. A
medida foi determinada pela Agrodefesa por meio da Portaria número 379/2018,
após autorização do Ministério da Agricultura, em atendimento ao pleito do
Governo de Goiás, que alegou dificuldades na distribuição de vacinas,
principalmente nos municípios mais distantes.

O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária –
Agrodefesa, José Manoel Caixeta, afirma que a campanha não sofrerá nenhum
prejuízo, devendo atingir o índice próximo de 100% de imunização de todo o
rebanho bovino e bubalino superior a 22 milhões de cabeças. Até a tarde de
quinta-feira (7), o percentual já alcançava 90,84%. Em todo o Estado, os
fiscais e técnicos da Agrodefesa fazem monitoramento e orientam os produtores
para a questão do prazo.

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Os criadores que deixarem de vacinar os animais estão
sujeitos a multa de R$ 7,00 por cabeça de animal não vacinado e de R$ 60,00
pela não entrega da declaração. Após a vacinação, o passo seguinte é a entrega
da declaração à Agrodefesa. Isso pode ser feito on line, no capítulo Declaração
de Vacinação, no site da Agência. Outra alternativa é a entrega física nos
escritórios dos municípios onde se localizam as propriedades, ou nas unidades
do Vapt Vupt. Neste caso, o produtor precisa apresentar a declaração no modelo
disponibilizado pela Agência, além de cópia da Nota Fiscal de compra das
vacinas. O prazo para a entrega, tanto on line quanto físico, termina dia 22 de
junho.

Vacina contra raiva

Em 121 municípios de Goiás considerados de alto risco para a
raiva dos herbívoros, os criadores precisam vacinar também os caprinos, ovinos
e equídeos contra a doença, conforme estabelece a Instrução Normativa número
02/2017 da Agrodefesa. Da mesma forma, os produtores devem entregar a
declaração de imunização contra a raiva e quem deixar de vacinar está sujeito à
cobrança de R$ 7,00 por cabeça de animal não vacinado.

A lista dos 121 municípios e outras informações estão
disponíveis no site da Agrodefesa. O presidente da Agência, José Caixeta,
explica que em todo o processo o Governo Estadual atua em sintonia com os
produtores e esse esforço tem como objetivo assegurar a sanidade do rebanho,
que é a garantia para a continuidade da boa aceitação dos produtos goianos nos
mercados nacional e externo.

Caixeta lembrou que este ano o Brasil conquistou o título de
país livre de aftosa com vacinação. A certificação foi entregue ao governo
brasileiro pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em evento realizado
na França. “Agora temos de avançar para conquistar o título de país livre de
aftosa sem vacinação”, asseverou o dirigente da Agrodefesa. O Brasil detém hoje
o maior rebanho bovino comercial do mundo, com mais de 218 milhões de cabeças.

 

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