Aumenta o número de crianças nas escolas

Apesar dos percentuais constatarem que mais crianças estão nas escolas, muitas ainda precisam ser inclusas

Postado em: 11-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Apesar dos percentuais constatarem que mais crianças estão nas escolas, muitas ainda precisam ser inclusas

Aumentou o percentual de crianças e adolescentes na escola, mas ainda há necessidade de inclusão de pelo menos 1,9 milhão desse grupo entre 4 e 17 anos nos sistemas de ensino. Por lei, o governo teria que universalizar a pré-escola e o ensino médio. Porém as metas não foram cumpridas, de acordo com o relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE), divulgado quinta-feira (07).

Na pré-escola, que atende crianças de 4 a 5 anos, 91,5% delas estavam matriculadas em 2016. Quando PNE começou a vigorar, em 2014, a porcentagem de atendimento era 89,1% e havia 604 mil crianças fora da escola. Em 2016, esse número caiu para 450 mil, já os dados de 2017 ainda não estão disponíveis.

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No entanto, foi sancionado por lei em 2014, o PNE estabelece metas e estratégias para melhorar a educação desde o ensino infantil até a pós-graduação. O plano tem previsão de ser cumprido integralmente até 2024, contudo, até lá estão previstos dispositivos intermediário que viabilizam a execução da lei. Caso a tendência de crescimento se mantenha, o relatório aponta que a meta será cumprida entre 2018 e 2020.

O governo teria que universalizar também o atendimento dos estudantes de 15 a 17 anos, que, pela faixa etária, deveria estar cursando o ensino médio, porém muitos ainda estão no ensino fundamental. O atendimento chegou a 91,3% em 2017, ou seja 900 mil de 15 a 17 anos estão fora escola e não concluíram o ensino básico.


Metas de inclusão

O PNE estabelece ainda que até 2024, 100% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação estejam matriculadas, preferencialmente no ensino regular, com tratamento educacional especializado. O atendimento chegou a 90,9% em 2017.

Há diferenças de inclusão conforme a região, cor e raça. O relatório mostra ainda que, nas escolas públicas, a inclusão desses estudantes em classes comuns é maior que em escolas particulares. Na rede estadual, 97,4% estão em classes comuns, 96,6%, nas municipais, e 82,1%, nas federais. Nas privadas, a porcentagem chega a 47,6%. 

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