Empresas inadimplentes recuperaram 54,2% das dívidas vencidas em até 30 dias

Os débitos mais contemplados pelas empresas devedoras foram aqueles com preços até R$ 500 e entre R$ 500 e R$1.000 (49,1%, ambos)

Postado em: 05-06-2023 às 10h03
Por: Ícaro Gonçalves
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Os débitos mais contemplados pelas empresas devedoras foram aqueles com preços até R$ 500 e entre R$ 500 e R$1.000 (49,1%, ambos) | Foto: Reprodução

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian mostrou que, em fevereiro, 45,8% das dívidas contraídas pelas empresas inadimplentes no Brasil foram pagas em até 60 dias após a negativação. Esta foi a primeira baixa do ano, após janeiro registrar 47%. O maior percentual de pagamento foi dos débitos vencidos em até 30 dias, com 54,2%.

As dívidas contraídas no setor que contempla Indústrias, empresas de Terceiro Setor e Setor Primário, receberam 52,5% de pagamentos após 60 dias da negativação. O segmento com menor percentual de pagamentos foi o de “Telefonia” (10,4%).

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “as condições econômicas desfavoráveis são impressas na incapacidade das empresas de pagar suas dívidas, resultando, muitas vezes, em insolvência e inadimplência, que apresentou crescimento nos últimos meses”.

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“Um conjunto de fatores poderia reverter este cenário, como o recuo da inflação, retomada do crescimento da economia com geração de emprego e renda além, é claro, da própria queda dos juros. Assim, o poder de compra dos consumidores pode melhorar e, consequentemente, injetar mais dinheiro nos caixas das companhias para que elas possam honrar seus compromissos”, defende o economista.

Dívidas de até R$ 2 a 10 mil receberam menos pagamentos

O recorte por Valor da Dívida revela que as contas inadimplentes com valores entre R$ 2 mil e R$ 10 mil receberam menos pagamentos após 60 dias da negativação (40,5%). Os débitos mais contemplados pelas empresas devedoras foram aqueles com preços até R$ 500 e entre R$ 500 e R$1.000 (49,1%, ambos), depois aqueles de R$ 1.000 a 2 mil (40,5%) e os acima de R$ 10 mil (43,3%).

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