Aluno é agredido e roubado por colegas de classe por ser filho de PM
A partir do dia 6 de junho, as agressões físicas passaram a seguir acompanhada de roubo.
Por: Matheus Santana
Um aluno de 14 anos começou a ser agredido, ameaçado, extorquido e teve uma corrente roubada dentro da escola estadual em São Bernardo do Campos, na Grande São Paulo, após os alunos descobrirem que o colega de turma era filho de um policial militar.
O caso foi registrado por boletim de ocorrência pela Polícia Civil no dia 7 de junho.
Segundo o documento, a vítima começou a frequentar a escola esse ano. Até o mês de março ainda não tinha sido registrado nenhum problema com os colegas de turma. Porém, ao final do mês em questão os estudantes ficaram sabendo da profissão do pai, a partir disso o garoto passou a ser hostilizado.
De acordo com registro, o jovem passou a ser vítima de agressões e ameaças na saída da escola. Os infratores teriam também exigido dinheiro para que as agressões parassem.
A partir do dia 6 de junho, as agressões físicas passaram a seguir acompanhada de roubo. Pois segundo o boletim, durante o intervalo, um dos estudantes bloqueou uma passagem, e um segundo aluno apareceu e empurrou o jovem, em seguida tomaram a corrente que ele estava usando, avaliada em R$ 750.
O garoto ainda tentou recuperar o objeto, mas não conseguiu. Então foram comunicados a diretoria da escola e o pai (PM). O Policial chegou ao colégio e teve acesso às câmeras internas, que mostram parte do ocorrido.
Todos os adolescentes envolvidos na ação foram chamados na sala da diretora para devolver a corrente. Porém, outros alunos apareceram e começaram a chutar a porta e as paredes.
Segundo o boletim, os alunos agrediram verbalmente o PM, um dos casos, um estudante teria dito que seu primo pertencia a uma organização criminosa e que, por ser policial militar, o pai do estudante seria morto.
Outro trecho mencionado no documento é que do lado de fora da escola, outros alunos danificaram o parro da PM. No fim o crime foi registrado como crime análogo a roubo. Também foi determinado a prisão de dois adolescentes, um de 15 e outro de 14 anos. Por meio de nota, a Secretaria da Educação ressaltou que a Diretoria de Ensino de São Bernado do Campo e a unidade escolar estão à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A pasta afirmou ter inserido o caso na plataforma conviva SP, sistema utilizado para acompanhar, registros de ocorrências escolares na rede estadual de ensino.
