Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Ex-prefeito de Turvelândia é condenado a 15 anos de prisão pela morte do presidente da Câmara da cidade

No dia 14 de maio de 2006, Rodrigo Batista e Anésio Bento mataram a vítima, com diversos tiros de arma de fogo.

Postado em: 22-06-2023 às 12h51
Por: Matheus Santana
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No dia 14 de maio de 2006, Rodrigo Batista e Anésio Bento mataram a vítima, com diversos tiros de arma de fogo. | Foto: Divulgação / MPGO

Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o ex-prefeito de Turvelândia, Rui César Mendonça, foi condenado a 15 anos de prisão por ser mentor do homicídio duplamente qualificado de Odaelson Araújo da Silva, então presidente da Câmara Municipal. A sessão do Tribunal do Júri foi realizada nesta terça-feira (20/6), na comarca de Maurilândia, sob a presidência do juiz Daniel Maciel Martins Fernandes. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Paulo Brondi.

A denúncia foi feita em 2006 pelo promotor de Justiça Cláudio Prata Santos, contra o ex-prefeito e mais oito pessoas. O crime, apontado pelo MP, ocorreu pelo fato de que a vítima estava empenhada em investigar uma série de irregularidades na administração de Rui César, o que gerou uma inimizade entre eles.

Além de Rui, foram denunciados André Luiz de Araújo, Francisco Geraldo Bernardo de Souza, Acácio Pereira Neto, Rodrigo Batista da Silva, Wilton Rodrigues Coelho, Wanderson Lopes da Silva, José Marcos de Jesus e Anésio Bento da Silva Neto. A ação movida contra eles foi desmembrada, sendo que Wilton é falecido, Francisco e Acácio estão com juris marcados, José Marcos foi absolvido, os demais processos estão em tramitação.

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Segundo Informações da MPGO, no dia 14 de maio de 2006, Rodrigo Batista e Anésio Bento mataram a vítima, com diversos tiros de arma de fogo, com a participação dos demais, que instigaram os autores e deram apoio intelectual ao crime.

No inquérito policial constatou que Rui César contratou Acácio, que lhe apresentou Francisco Geraldo, prometendo aos dois R$ 40 mil pela morte de Odaelson. O ex-prefeito forneceu dinheiro para a compra de veículo, transporte e hospedagem de pessoas, forneceu um revólver de sua propriedade para ser utilizado pelos executores, bem como contratou o André Luiz de Araújo para prestar apoio logístico na empreitada.

André Luiz forneceu outros dois revólveres calibre 38 e munições para serem utilizados na ação, bem como orientou e facilitou o trânsito dos envolvidos na região dos municípios de Santa Helena de Goiás e Turvelândia. Ele também deu informações sobre a vítima e a melhor forma de ela ser surpreendida. Acácio, então, agenciou Francisco Geraldo para planejar e preparar a ação criminosa e Wanderson Lopes para atuar na execução do crime e auxiliar na fuga. Ainda segundo a denúncia, Acácio passou a pressionar Francisco a prosseguir com a empreitada criminosa. Francisco, então, pediu auxílio a Wilton Coelho, que agenciou Rodrigo e Anésio, prometendo-lhes uma recompensa de R$ 3,5 mil pela execução e pediu a José que colaborasse nos atos preparatórios.

No inquérito policial foi afirmado que Wanderson participou do planejamento da ação e da primeira tentativa de executar a vítima, que aconteceu na semana anterior ao dia do ocorrido.

No dia do crime, Rodrigo Batista e Anésio Bento se deslocaram para Turvelândia, localizaram o veículo da vítima estacionado em frente a uma residência e ficaram de tocaia em uma esquina próxima, até perceberem que Odaelson saiu da casa e entrou no carro. Imediatamente, Rodrigo assumiu a direção da motocicleta. Anésio montou na garupa e passaram a seguir o automóvel. Foi quando a vítima parou na entrada da garagem de sua casa, Rodrigo, então, posicionou a moto ao seu lado e Anésio saltou ao chão, sacou a pistola e atirou quinze vezes contra a vítima, provocando-lhe a morte.

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