Diretora é afastada após festa de Cachoeira

O procedimento de afastamento é comum enquanto é apurado se o evento no interior do CMEI cumpre com a ética e a moral

Postado em: 27-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O procedimento de afastamento é comum enquanto é apurado se o evento no interior do CMEI cumpre com a ética e a moral

Raunner Vinícius Soares*


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Uma diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), em Goiânia, foi afastada após festinha paga por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) iniciou uma apuração sobre a festa, que supostamente seria de aniversário da filha de dois anos do contraventor, onde foi comemorado no CMEI do bairro Jardim Itaipú, região sudoeste de Goiânia.

O episódio durou cerca de duas horas e meia, na tarde da última quinta-feira (21). A festividade contou com algumas atrações como palhaços, salgadinhos, doces, picolés, carrinho de pipoca, refrigerante e bolo. Além da presença dos alunos da unidade, amigos pessoais da filha do Carlinhos Cachoeira também foram ao evento com as famílias.

Segundo a SME, quando tomou conhecimento do ocorrido, determinou o afastamento temporário da servidora. A ação é corriqueira enquanto é instaurado um procedimento disciplinar que apura se a autorização para que o evento aconteça no interior do CMEI cumpre com a ética e a moral. Até que seja concluído, a diretora não retorna ao cargo.

Porém, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), informou em nota que o procedimento envolvendo a direção do Centro Municipal de Educação Infantil Residencial Itaipú obedece às determinações estabelecidas na Lei Complementar nº 011/92, artigos 165 a 167. 

Sem querer se comprometer, em entrevista ao um jornal de circulação em Goiânia, a diretora disse que não sabia quem havia oferecido a festa às crianças da unidade. Por intermédio da empresa contratada para executar o evento, ela descobriu que a intenção real era que uma filha de um casal fizesse uma festa de aniversário, e que a comemoração seria paga para acontecer junto às crianças da unidade que fica localizada na periferia da cidade.

A servidora disse que não sabia quem eram os pais da criança, e não reconheceu ser o casal Carlos Cachoeira e Andressa Mendonça. “Eu não os conheço. Na época dos escândalos, nem tinha tempo de assistir televisão, por isso não os reconheci. Aceitei a festa porque era de boa intenção, e não é a primeira vez que uma família faz festa de aniversário de uma criança aqui na unidade junto dos alunos”. Perguntada se qualquer um pode fazer isso, ela disse que sim, desde que seja em benefício direto para os estudantes.

A diretora não revelou qual empresa foi responsável pelo evento, que teria intermediado esse contato com a família do contraventor. Afirmou que sabia qual empresa é responsável, mas não vai se comprometer com ninguém, porque, segundo ela, eles ajudam muito com essas festas, e não quer comprometer também a empresa e fazer com que os alunos fiquem sem atividades recreativas. (Raunner Vinicius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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