Morte de Valério Luiz completa 11 anos

O filho do radialista, Valério Luiz Filho, demonstrou o desejo de fazer alguma movimentação a respeito, porém, disse estar “ocupado respondendo às petições de apelação dos condenados”

Postado em: 05-07-2023 às 10h49
Por: Rodrigo Melo
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O filho do radialista, Valério Luiz Filho, demonstrou o desejo de fazer alguma movimentação a respeito, porém, disse estar “ocupado respondendo às petições de apelação dos condenados” | Foto: Reprodução

A morte de Valério Luiz completa onze anos, nesta quarta-feira (5/7). Em uma postagem nas redes sociais, o filho do radialista, Valério Luiz Filho, demonstrou o desejo de fazer alguma movimentação a respeito, porém, disse estar “ocupado respondendo às petições de apelação dos condenados”. Valério foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.

Após 10 anos de adiamentos, os cinco acusados de matar o comentarista esportivo foram julgados no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) durante três dias, em novembro do ano passado. Foram pelo menos 25 pessoas envolvidas no júri popular, entre advogados, promotores e assistentes, que passaram cerca de 40 horas em audiência.

Quatro dos cinco réus acusados de matar Valério foram condenados pelo júri: Maurício Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueredo e Marcus Vinícius Xavier. Djalma da Silva foi absolvido.

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No entanto, um dia depois da condenação, Maurício Sampaio (ex-vice-presidente do Atlético-GO), acusado de ser o mandante do assassinato e sentenciado a 16 anos de prisão, foi solto. Cinco dias depois, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e Ademá Figueiredo Aguiar tiveram as condenações revogadas pela Justiça goiana, assinada pela pela juíza substituta Alice Teles de Oliveira.

Leia também: Condenados pela morte de Valério Luiz são soltos pela Justiça

O filho do cronista esportivo prestou homenagem também ao avô, Manoel de Oliveira, que morreu no dia 13 de fevereiro de 2021. Segundo Valério Filho, a foto registra um dos raros momentos em que o pai e o avô compartilharam a bancada do TBC Esportes | Foto: Instagram/Valério Luiz Filho

“Hoje, 5 de julho, completam-se 11 anos desde o covarde assassinato do meu pai, o jornalista Valério Luiz de Oliveira. Queria ter feito alguma movimentação a respeito, mas, neste exato momento, estou ocupado respondendo às petições de apelação dos condenados – petições repletas de gracinhas, de provocações baratas, no pior estilo que os caracterizou até aqui: sem a contemplação, nem por 1 segundo sequer, da seriedade do que fizeram, e agora, da condenação que se lhes abateu.”, escreveu o advogado Valério Filho na rede social, em relação ao julgamento das apelações à 2ª instância da defesa dos acusados.

“O Ministério Público apresentou excelentes respostas anteontem (03/07) e, após o meu modesto complemento, os recursos poderão ser julgados, e então (espero), aumentadas e confirmadas as penas aplicadas pelos jurados em novembro passado. Quando for marcada a data do julgamento, uma vez mais será a hora de movimentar a sociedade para pedir justiça, no que estou certo que serei mais uma vez correspondido, dada a quantidade de pessoas que me abordam, todos os dias, perguntando sobre o resultado do processo após o júri.”

Crime

O jornalista Valério Luiz era radialista e  foi morto a tiros, aos 49 anos, quando saía da rádio em que trabalhava, em 5 de julho de 2012. Conforme apontado pelo Ministério Público do Estado de Goiás, a motivação do crime foram os comentários com críticas de Valério ao Atlético-GO, em suas transmissões. O acusado Maurício Sampaio era o então vice-presidente do time na época em que o crime foi cometido.

Veja como foi a condenação e absolvição dos réus:

  • Maurício Sampaio, apontado como mandante: condenado a 16 anos de prisão;
  • Urbano de Carvalho Malta (funcionário de Sampaio), acusado de contratar o policial militar Ademá Figueredo para cometer o homicídio: condenado a 14 anos de prisão;
  • Ademá Figueredo Aguiar Filho (policial militar), apontado como autor dos disparos: condenado a 16 anos de prisão;
  • Marcus Vinícius Pereira Xavier (açougueiro), que teria ajudado os demais a planejar o homicídio: condenado a 14 anos de reclusão.
  • Djalma Gomes da Silva (policial militar), acusado de ajudar o planejamento do assassinato e atrapalhar as investigações, foi absolvido.

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