Grupo denuncia sacrifício de animais no Centro de Zoonoses

Segundo denunciantes, Centro de Zoonoses não espera tempo suficiente para que sejam encontrados adotantes para os bichos. Secretaria disse que cumpre protocolos do Ministério da Saúde.

Postado em: 06-07-2018 às 19h00
Por: Guilherme Araújo
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Segundo denunciantes, Centro de Zoonoses não espera tempo suficiente para que sejam encontrados adotantes para os bichos. Secretaria disse que cumpre protocolos do Ministério da Saúde.

 (Foto: reprodução/Deam)

Da Redação 

Um grupo de protetores de animais e membros de Organizações Não Governamentais (ONG’s) protocolaram na manhã desta sexta-feira (6), uma denúncia que relata o sacrifício de animais saudáveis no Centro de Zoonoses de Goiânia. O documento apresentado à Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) solicita também o afastamento da veterinária e gerente de controle populacional do órgão, Catarina Rates.

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O grupo solicita no documento, que o Centro de Zoonoses apresente a relação discriminada e atualizada de todos os gatos e cachorros que passaram pelo órgão nos últimos quatro anos, bem como o destino que foi dado a cada um dos animais. Na denúncia consta que o órgão está eutanasiando animais enfermos e sacrificando animais saudáveis, como forma de controle populacional. 

A Lei Federal 13.426, de 2017, determina que o controle de natalidade de cães e gatos em todo o território nacional seja feito por meio de procedimento “ que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal”. Uma das organizadoras do movimento, a protetora independente Leilamar Santana Leite, argumenta que, em uma entrevista no ano passado, Catarina admite que as eutanásias e sacrifícios estão sendo feitos. 

Leila argumenta ainda, que mesmo em caso de animais com histórico de agressividade, a Lei Federal 17.767, de 2012, garante que os animais sejam reinseridos em um programa de adoção. “Quando há casos de agressividade ou suspeita de doença, o Centro de Zoonoses recolhe o animal mediante solicitação do dono. Ainda que o animal não esteja doente, se o dono não for buscar, dentro de 10 dias ele é morto”, argumenta.

O HOJE procurou o titular da Dema, Luziano de Carvalho. O delegado relatou que não estava na delegacia no momento em que a denúncia foi protocolada, mas vai dar prosseguimento às investigações. Ele relata que denúncias semelhantes já foram feitas em relação ao Centro de Zoonoses e que à época, nenhuma irregularidade foi encontrada.

O grupo está organizando um abaixo assinado  (que já possui 400 assinaturas) para o afastamento de Catarina. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que administra o Centro de Zoonoses, informou que vai se posicionar quando for oficialmente notificada pelas autoridades responsáveis. 

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