Acionado por engano, alerta de rompimento na barragem de Crixás faria parte de simulação em outra mineração

Segundo vistoria do CBMGO, havia uma previsão de realização de um simulado em uma das barragens monitoradas pelo CMG. Por um equívoco, parte das sirenes da Mineração Serra Grande, em Crixás, foi acionada

Postado em: 14-07-2023 às 09h42
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo vistoria do CBMGO, havia uma previsão de realização de um simulado em uma das barragens monitoradas pelo CMG. Por um equívoco, parte das sirenes da Mineração Serra Grande, em Crixás, foi acionada | Foto: Divulgação/CBMGO

Na última quinta-feira (13/7), uma equipe da 11ª Companhia Independente Bombeiro Militar (CIBM) de Uruaçu promoveu uma visita técnica à barragem da Mineração Serra Grande da AngloGold Ashanti, em Crixás. O objetivo foi apurar os motivos para o acionamento indevido das sirenes de emergência da barragem, ocorrido na manhã do dia 10 de julho.

O trabalho, feito em conjunto com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) de Crixás, foi determinado pelo comandante-geral do CBMGO, Coronel Washington Luiz Vaz Júnior.

Inicialmente, representantes da Mineração Serra Grande explicaram que estão em processo de apuração das causas do ocorrido e que, até o momento, as informações obtidas indicam um equívoco no Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG), localizado em Minas Gerais, responsável pelo monitoramento das barragens da AngloGold Ashanti, incluindo a barragem da Mineração Serra Grande em Crixás.

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De acordo com as informações fornecidas, o acionamento das sirenes ocorre de três formas distintas: automático, manual e por meio de botoeira presente na planta da MSG. No caso do acionamento indevido, foi esclarecido que havia uma previsão de realização de um simulado em uma das barragens monitoradas pelo CMG. Por um equívoco, parte das sirenes da Mineração Serra Grande foi acionada ao invés da barragem que passaria pelo simulado.

Após o ocorrido, a equipe de segurança da MSG realizou uma avaliação dos instrumentos da barragem, não encontrando nenhuma anomalia. Foi confirmado que se tratava de um acionamento indevido das sirenes. Em seguida, a empresa entrou em contato com os órgãos competentes, informando-os sobre o incidente e transmitindo uma mensagem de acionamento indevido das sirenes.

Foto: Divulgação/CBMGO

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Inspeção

No dia 10 de julho, uma Inspeção Regular da Barragem foi realizada, com a presença de uma equipe da COMPDEC juntamente com o prefeito municipal, com o objetivo de obter esclarecimentos adicionais. No dia seguinte, em 11 de julho, uma equipe de fiscalização da Agência Nacional de Mineração (ANM) foi encaminhada ao local e emitirá um relatório sobre a inspeção realizada.

Durante a visita técnica ocorrida no dia 13 de julho, a equipe da 30ª REDEC, em conjunto com a COMPDEC e representantes da Mineração Serra Grande, percorreu os locais onde se encontram os sistemas manuais de acionamento das sirenes na empresa. Esses sistemas são redundantes em relação ao existente no CMG. Além disso, foram visitadas as instalações das botoeiras de acionamento manual das sirenes e a própria barragem de rejeitos de mineração.

O empreendedor afirmou que está tomando as providências necessárias para apurar os fatos e evitar novos incidentes, assim como para mitigar os impactos causados na população. A empresa colocou-se à disposição dos órgãos competentes e da população para fornecer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários. Informou ainda que, assim que receber o relatório da inspeção realizada pela ANM, repassará aos órgãos de proteção e defesa civil para conhecimento.

A vistoria contou com a participação de outros órgãos, incluindo a COMPDEC, representada pelo coordenador Álvaro Lopes de Souza, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crixás, representada pelo secretário Carlos Borges Barros. A atuação conjunta dessas entidades reforça a importância de uma ação coordenada para garantir a segurança da população e a preservação ambiental.

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