Ex-campeão do BBB 3, Dhomini é indiciado por lesão corporal
Dhomini foi filmado dando socos em seu sócio e o advogado dele, em um bar de Goiânia
Por: Tathyane Melo
O ex-campeão do Big Brother Brasil 3, André Augusto Ferreira Fontes, conhecido como Dhomini, foi indiciado por lesão corporal após ser flagrado em vídeo agredindo o proprietário de um bar e seu advogado. O delegado Wellington Ferreira divulgou as informações relacionadas ao caso na terça-feira (18/7).
De acordo com as acusações, Dhomini teria agredido o empresário Ailton Gomes Maranhão e seu advogado, Artur Camapum, em meio a uma discussão que teria surgido após o fim de uma parceria comercial.
“O Dhomini, simplesmente, parte para cima do meu cliente, que estava agachado no chão. Não teve ameaça, não teve nada. Ele chuta o meu cliente, começa a espancar o meu cliente, que cai desacordado. A gente chega e ele parte para cima de mim”, relatou Artur Camapum, defesa da vítima ao site Splash Uol.
Em entrevista concedida ao portal g1, Dhomini declarou que aguardará a audiência para esclarecer os fatos.
“Não sou um agressor, muito menos covarde, mesmo estando errado eu estava me defendendo contra várias ameaças que eu recebi no ouvido pelo cara que eu bati. Ele sutilmente me marcou para as câmeras não pegarem e fez isso com o propósito de me tirar a estabilidade e me fazer passar dos limites”, afirma, Dhomini.
O incidente aconteceu no dia 13 de junho e, segundo o ex-BBB, as tentativas de desfazer o negócio vinham acontecendo há 40 dias, devido a um suposto desvio de dinheiro no local e apropriação indevida dos recursos. Contudo, Ailton Maranhão, o sócio agredido, contesta a afirmação de Dhomini, alegando que o ex-BBB nunca fez parte da sociedade e era apenas um ‘parceiro comercial’ do estabelecimento.
A defesa do Ailton alega que a sociedade foi desfeita por conta das dívidas da empresa e de acordo com ele, os únicos sócios do bar eram ele próprio e o empresário Leonardo Scaff,. Ele afirma que a parceria chegou ao fim quando ele descobriu que o filho de Scaff estaria sendo inserido como sócio-administrador para obter um empréstimo bancário no valor de R$ 300 mil. Ailton teria questionado sobre as ações de Scaff e isso gerou conflitos entre os dois.
Além disso, Ailton afirmou que as finanças do bar não estavam sendo lucrativas e apontou que Scaff era o responsável pelas contas do estabelecimento, observando transferências inexplicáveis para outras contas, justificadas apenas como “cobrir conta”.
“Existe quase R$ 40 mil em transferências da conta da empresa para a conta do irmão do Scaff com a descrição “cobrir conta”. Até hoje não se sabe o destino desse dinheiro, se foi empréstimo ou se o irmão realmente emprestou dinheiro para a empresa, pois só o Scaff tinha acesso à conta”, disse a defesa de Ailton, em nota.
Leonardo Scaff se posicionou sobre a situação e conta ter sido um sócio investidor do comércio, negou qualquer desvio de dinheiro e afirmou que Dhomini também fazia parte do quadro societário da empresa, contradizendo a versão de Ailton.
“Nós tínhamos uma conta bancária do bar, onde movimentávamos uma outra conta de pessoa física, com a ciência do Ailton. Nós realizávamos várias transferências entre essas contas, incluindo pagamentos para o bar”, conta Leonardo Scaff.
Scaff revelou ainda que seu filho foi retirado do contrato social do bar há pouco mais de um mês, com a promessa de que Ailton pagaria o valor correspondente a sociedade, mas isso nunca ocorreu. Dhomini confirmou que Ailton se comprometeu a assumir a dívida, mas nunca cumpriu com o acordo.
“Ele pediu vários descontos e até parcelamento. Era algo em torno de R$ 180 mil, e pediu para abaixar para R$ 130 mil, R$ 80 mil, R$ 60 mil, e o Léo concordou. Pediu até para dividir em 20 pagamentos”, afirmou, Dhomini.
O caso continua sendo investigado e a audiência será agendada para que os envolvidos possam apresentar seus argumentos diante das autoridades.
