Mais de 300 mil crianças goianas serão vacinadas no Estado

Pais podem levar os filhos que têm mais de 1 ano e menos de 5 para se vacinas nos postos de saúde mesmo fora desse período e sarampo

Postado em: 14-07-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pais podem levar os filhos que têm mais de 1 ano e menos de 5 para se vacinas nos postos de saúde mesmo fora desse período e sarampo

Rafael Melo

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) participará da campanha nacional de vacinação contra poliomelite e sarampo. A campanha está prevista para acontecer entre os dias 6 e 31 de agosto de 2018, o objetivo é imunizar por volta de 346 mil crianças em todo o estado de Goiás. Apesar disso, os pais podem levar os filhos que têm mais de 1 ano e menos de 5 para se vacinas nos postos de saúde mesmo fora desse período.

Nos últimos dez anos a imunização da população infantil contra doenças caiu consideravelmente em Goiás. As informações da SES mostram que a prevenção contra poliomielite caiu de 104,18% em 2008 para 57,75% em 2018. Já no caso do sarampo o índice 108,94% passou para 68,2% no mesmo período. As doenças haviam sido erradicadas no Brasil, mas o sarampo já voltou a afetar crianças em algumas regiões do país e a poliomielite tem grande risco de retorno.

O secretário titular da pasta, Leonardo Vilela, declarou que a situação é preocupante e que as pessoas que não vacinam os filhos colocam toda a população em risco. “As pessoas dessa geração não vivenciaram os casos graves dessas doenças e hoje são uma ameaça à saúde da população. De 3, 4 anos pra cá os responsáveis têm deixado de levar crianças para vacinar. Com isso, estão criando uma população desprotegida que pode, a qualquer momento, ver a reintrodução de vírus”, afirma.

O Dia D – de divulgação e mobilização nacional – está agendado para 18 de agosto. A estratégia é elevar a cobertura vacinal contra a poliomielite nos municípios, bem como vacinar os menores de 5 anos contra o sarampo e a rubéola. Sete cidades de Goiás têm 50% ou menos das crianças vacinadas contra poliomielite e sarampo (que faz parte da dose conhecida como Tríplice Viral), segundo a SES-GO. Os municípios são: Ouro Verde de Goiás, Abadiânia, Novo Planalto, Faina, Baliza, Moiporá e Portelândia.

As doenças

As duas doenças haviam sido erradicadas no Brasil e a ocorrência, este ano, de surto de sarampo em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo, e o isolamento de um vírus da pólio (derivado vacinal tipo 3) em uma criança não vacinada contra a poliomielite na Venezuela, país de divisa com o Brasil, preocupam as autoridades de saúde.

Conforme o Ministério da Saúde, a poliomielite é conhecida popularmente como “paralisa infantil”. A doença pode causar paralisia que começa de forma repentina e pode afetar desde só as pernas, até o corpo inteiro, comprometendo até a respiração. O vírus havia sido erradicado no Brasil em 1990. A contaminação da doença ocorre por contato “fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar)”.

No caso do sarampo, cuja imunização é feita através da vacina Tríplice Viral, o Ministério da Saúde alerta que é uma doença “extremamente contagiosa” e pode ser transmitida através do contato com secreções. Os primeiros sintomas são parecidos com os da gripe, mas evoluem ainda para o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. As mortes relacionadas com a doença ocorrem, muitas vezes, por causa de complicações no quadro. 

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