PF prende suspeito de participar de assassinato de Marielle Franco

Em delação premiada, o ex-PM Élcio de Queiroz afirmou que o ex-bombeiro monitorava a vereadora e participaria da emboscada

Postado em: 24-07-2023 às 10h19
Por: Rodrigo Melo
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Em delação premiada, o ex-PM Élcio de Queiroz afirmou que o ex-bombeiro monitorava a vereadora e participaria da emboscada | Foto:

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta segunda-feira (24/7), o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, suspeito de estar envolvido na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, durante a Operação Élpis, após delação ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou o crime.

Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro, com 13 disparos de arma de fogo.

Em junho de 2020, Maxwell Simões foi preso por ser o dono do carro usado para esconder as armas usadas no crime. Em 2021, chegou a ser condenado a 4 anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpriu a pena em regime aberto.

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Há 5 anos desde o crime, ainda não se sabe quem é o mandante do crime. As investigações levaram à prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, que teria feito os disparos; e o motorista e ex-policial militar Élcio de Queiroz, que estaria dirigindo o carro que perseguiu as vítimas. Os motivos da execução permanecem desconhecidos.

Delação

O ex-PM Élcio de Queiroz deu detalhes do atentado contra Marielle e Anderson, após firmar delação premiada com a PF e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

No depoimento, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e que Ronnie de fato fez os disparos. Élcio disse ainda que o ex-bombeiro monitorava a vereadora e participaria da emboscada.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a Justiça “avança” na apuração dos homicídios, cometidos em março de 2018.

“Hoje, a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão”, publicou Dino.

A ministra da Igualdade Racial do Brasil e irmã de Marielle, Anielle Franco, reafirmou sua confiança na condução da investigação pela PF e repetiu “a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?”.

Leia também: Dino manda PF abrir inquérito para apurar morte de Marielle Franco

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