Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Ginecologista preso por crimes sexuais teria estuprado adolescente de 13 anos, diz delegada

Segundo a delegada que investiga o caso, uma adolescente de 13 anos teria sido estuprada durante sua primeira consulta com o médico

Postado em: 26-07-2023 às 18h56
Por: Tathyane Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: Ginecologista preso por crimes sexuais teria estuprado adolescente de 13 anos, diz delegada
Segundo a delegada que investiga o caso, uma adolescente de 13 anos teria sido estuprada durante consulta com o médico | Foto: Divulgação / PCGO

O médico ginecologista, de 73 anos, foi preso de forma preventiva em Goiânia no dia 20 de julho, após denúncias de crimes sexuais. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ele também está sendo investigado pelo estupro de uma adolescente de 13 anos durante sua primeira consulta ginecológica em 2002.

Em entrevista para o portal g1, a delegada que apura o caso, Amanda Menuci, contou que a jovem foi violentada pelo médico durante a consulta. “Ela procurou esse médico para sua primeira consulta ginecológica, era virgem e foi ali violentada por ele”, explica a delegada.

Inicialmente, o médico ginecologista respondia apenas pelo crime de abuso sexual mediante fraude, mas, dado que a vítima tinha menos de 14 anos na época do ocorrido, ele passou a ser acusado de estupro de vulnerável. O médico foi preso na quinta-feira (20/7), em sua residência no Jardim América.

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Denúncias

Além da adolescente de 13 anos, outras vítimas também denunciaram o ginecologista por supostos abusos. Uma das mulheres que relatou abusos ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) em 1994 está sendo testemunha nas investigações atuais. Ao todo, cinco mulheres foram identificadas como vítimas, sendo que duas formalizaram denúncias e uma é testemunha, uma vez que o caso já está prescrito.

As denúncias em 1994 foram respondidas pelo médico ginecologista, que alegou que as mulheres teriam armado contra ele, mas as investigações da época o absolveram das acusações. Após a ampla repercussão do caso atual, outra vítima relatou à polícia que foi abusada em 2014 durante a consulta ginecológica.

“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta”, disse a delegada ao portal g1.

A delegada Menuci informou ao portal Metrópoles que o ginecologista costumava dizer, em consultório, que as pacientes precisavam estar excitadas para a realização dos exames, utilizando essa alegação para tocar os seios das mulheres e colocava as mãos delas em seu órgão genital.

Soco

O médico já havia sido filmado sendo agredido dentro do consultório por um homem que o acusou de ser um “abusador de mulher”. O incidente aconteceu no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte em junho deste ano. Após a agressão, o médico negou as acusações e afirmou que apenas realizou um exame ginecológico em uma paciente grávida de oito meses.

Afastado do cargo

O médico exercia a função de servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, onde atendia no Ciams Novo Horizonte desde 2014. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não recebeu nenhuma denúncia contra ele durante esse período, mas ele foi afastado do cargo em 30 de junho. (Confira nota da íntegra)

Também em nota, O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que as denúncias envolvendo a conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em total sigilo.

Nota completa na íntegra da Secretária Municipal de Saúde (SMS)

“A respeito da demanda enviada por esse veículo de comunicação, referente à prisão de um médico ginecologista, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece o que se segue:

O profissional médico é ginecologista, servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás. O profissional está lotado no Ciams Novo Horizonte desde 2014.

Durante este período, a SMS não recebeu nenhuma denúncia contra o profissional. Desde o dia 30 de junho passado, ele está afastado da unidade de saúde.

A secretaria acatará qualquer determinação judicial sobre o caso.

Ressalta-se, que a secretaria não compactua com atos de desrespeito aos usuários e preza pelo acolhimento e qualidade da assistência.”

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