Mulher escapa por pouco de ser atingida por ponto após colisão de ônibus

Na manhã da última terça-feira (1°/08) um veículo do transporte coletivo atingiu e derrubou um ponto de ônibus, na Avenida Milão, em Goiânia. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o motorista faz uma manobra para parar o veículo no ponto de ônibus. Neste momento, o automóvel bate na estrutura do ponto e o derruba. Por pouco uma mulher que passava pelo local não foi atingida pelos escombros. 

Porém, recentemente, este não foi o primeiro acidente envolvendo ônibus do transporte coletivo e seus abrigos neste ano. Em 08 de março deste ano, um abrigo de concreto caiu e matou Wellington Oliveira, de 27 anos, no Setor Jardim das Cascatas, em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, o jovem passava embaixo do ponto na parte da manhã a caminho de uma padaria. 

Após alguns dias do acidente, no dia 22 de março, a Polícia Científica divulgou laudo que afirmava que a estrutura estava condenada desde 2021, e não havia sinalização no local ou interdição da área. Além disso, o laudo informou que os rompimentos na estrutura não aconteceram no dia do acidente e sim em momentos anteriores, o que ocorreu no dia 8, foi uma instabilidade que provocou a queda.

A recepcionista Ana Clara Mendes, que faz o mesmo trajeto diariamente para ir ao trabalho, conta que a infraestrutura dos veículos, paradas de ônibus e terminais de transporte estão precárias. “Já presenciei pequenos acidentes aqui no Terminal Praça da Bíblia. Há dois meses estava acessando a rampa do Eixo Anhanguera, mas na hora de passar pela faixa, o ônibus não parou, e se eu não tivesse tido agilidade, teria acertado minha perna.”

Ausência de proteção 

O jornal O HOJE, por mais de uma vez, relatou a falta de abrigos em alguns locais de pontos de ônibus em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Como no trecho da BR-060 no setor Parque Oeste. Além dessa, outras vezes esta reclamação foi noticiada e informada a Prefeitura Municipal de Goiânia, como em 2021, que o O Hoje denunciou o fato de 54% dos pontos de parada de ônibus na Grande Goiânia não possuírem abrigos. Ademais existem inúmeros locais em que o passageiro aguarda os ônibus a mercê de sol e chuva, como na Avenida Esperança na Vila Itatiaia, Rua Comendador Negrão de Lima no setor Negrão de Lima e avenida Cotovia no setor Santa Genoveva. 

Sobre isso, Bartolomeu Pereira mencionou que na linha que costuma se transportar não tem nem um sinal sequer de parada para o motorista e o passageiro se orientarem. A linha no caso é a do ônibus 105, que sai do Terminal da Praça A e vai até o campus Samambaia da UFG. 

Em nota, a CMTC afirma que “a maioria dos espaços para embarque e desembarque de passageiros ocorre somente com uma placa de sinalização. Normalmente, as placas têm formato octogonal, fixadas em tubo metálico ou em poste de iluminação pública”. 

Manutenção 

Apesar de não ter uma data para início, a CMTC informou ao Jornal O Hoje em primeira mão, que para Goiânia tem um projeto chamado “Um Ponto de Esperança”, parceria com a prefeitura. “Que consiste em usar a mão de obra carcerária Parceria da CMTC com a DGAP para a construção de abrigos, o projeto já está nos trâmites finais”, a assessoria explica.

Já a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), da Prefeitura de Goiânia, disse em nota que executa os projetos encaminhados pela CMTC relacionados à manutenção dos pontos de ônibus da capital. Nesse sentido completou: “Todos os ofícios encaminhados pela CMTC à Seinfra em que solicita mudança, retirada, demolição ou reforma dos pontos de ônibus de Goiânia foram executados em tempo hábil”. 

Em resposta ao jornal O Hoje sobre as estruturas, a Prefeitura de Aparecida informa que “apresentou no início do ano uma proposta definitiva para o assunto implantação e manutenção dos abrigos”. 

Quanto ao caso ocorrido na manhã do dia 1° de agosto, a RedeMob Consórcio destacou que a batida resultou no tombamento da estrutura do abrigo, onde foram registrados apenas danos materiais. Segundo a concessionária, o motivo do acidente está sendo apurado, porém a falta de sinalização viária no local pode ter sido umas das causas.