Julho de férias foi marcado por violência nas estradas goianas com 72 pessoas mortas em acidentes
Nos dados, foram registradas 500 pessoas flagradas sem uso do cinto e 245 por embriaguez ao volante
Por: Alexandre Paes
O período de férias foi marcado pela grande quantidade de mortes nas rodovias goianas. Ao todo, 72 pessoas perderam a vida vítimas de acidentes neste mês de julho, em Goiás. Nas rodovias estaduais, foram 260 acidentes registrados com 38 mortes. Em entrevista à rádio CBN Goiânia, o comandante do Policiamento Rodoviário Estadual (PRE), tenente-coronel Daniel Freire, destacou que apesar do alto número de mortes, a quantidade de vítimas fatais ficou menor que em 2022.
“Devido nossa intensificação no policiamento, obtivemos um menor número de mortes. No que pesa as crianças tirarem bastante atraso de dois anos em decorrência da pandemia em aproveitar as férias do Araguaia, a gente acredita que, como o policiamento foi efetivo, o motorista mostrou um pouco mais de prudência. Sobre a morte, a gente conseguiu uma redução”, lembrou o comandante.
“Por causa do grande índice, a gente acaba achando que o número de acidente com vítima ou sem vítima, apenas com lesões, aumentou. A nossa meta é que não morra ninguém. Isso quer dizer nenhum acidente. Conseguimos uma redução de três mortes. Não é para comemorar, mas tivemos essa queda”, pontua.
As rodovias federais que cortam o estado também ficaram marcadas por um julho violento. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 34 pessoas morreram e 250 ficaram feridas, em 197 acidentes. Para o inspetor da PRF, Newton Morais, a operação Férias 2023 foi uma das mais violentas dos últimos anos.
“Fica a lição da irresponsabilidade, da falta de educação, falta de amor-próprio de muitos condutores que exageraram naquilo que não poderiam fazer contra a própria vida, contra a vida dos outros. Qual a justificativa que você dá para que nós tenhamos tantos e tantos flagrantes de condutores alcoolizados nas estradas, de tantas ultrapassagens proibidas, de tantas crianças que foram flagradas sendo transportadas em desacordo com a lei da cadeirinha”, destaca.
Nas rodovias federais, chama a atenção a quantidade de flagrantes de infração. Mais de 9.300 foram registradas. Destas 1.310 foram passagens proibidas, mais de 500 foram por não utilizar cinto de segurança e 245 por embriaguez ao volante.
