Vandalismo é grande causa de reparos em praças públicas de Goiânia

Cada vez mais espaços públicos de lazer, esporte e convivência sofrem danos e precisam de reparos da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Segundo a Prefeitura de Goiânia, em junho de 2023, R$ 170 mil foram gastos para reforma ou substituição de brinquedos, aparelhos de ginástica, bancos, casinhas de coruja, equipamentos de pet place, dentre outros itens. Conforme o Relatório da Comurg, as lixeiras são as campeãs de reparos. Do custo total de manutenção de praças públicas, quase um terço foi gasto para trocar latas de lixo, mais de R$ 55 mil. 

A depredação de bens públicos prejudica toda a comunidade, pois os recursos financeiros da instituição poderiam ser destinados para ampliar a infraestrutura de outras praças públicas. O levantamento da Comurg revelou que R$ 10 mil foram usados para pintar paredes pichadas. Segundo a Companhia, a inutilização de equipamentos de esporte e exercícios físicos é algo constante. Todo ano, pelo menos R$ 60 mil são gastos para reparar as praças públicas da capital goiana. A Comurg afirma que, por mês, 20 praças são vandalizadas, 100 lixeiras são depredadas e 50 bancos são destruídos.

Apenas nos primeiros dias deste mês de agosto, foi necessário trocar peças de aparelhos de academia ao ar livre de diversas praças públicas de Goiânia. De acordo com a Comurg, houve trocas na Praça de Lourdes, no Setor Jaó; substituição de brinquedos do playground da Praça Lúcio, no Setor Estrela Dalva; além de reparos diversos no Centro Esportivo do Setor Morada Nova. A Companhia ressalta que não adianta a Prefeitura entregar à população excelentes espaços públicos e realizar a manutenção regular deles. Os guineenses também precisam preservar os equipamentos.

Manutenção

Atualmente, Goiânia conta com uma média de 917 praças urbanizadas. Por conta da quantidade elevada de espaços públicos, a manutenção se torna um desafio para a Comurg. Para a auxiliar de cozinha Fátima Silva, moradora do Setor Faiçalville 1, a praça que fica em frente a sua casa conta com os esforços dos moradores da vizinhança. “Mas a gente só consegue cuidar da limpeza do espaço, os bancos quebram mesmo por conta da ação do tempo, pois estão expostos a desgastes naturais, e o mato cresce com frequência. Não tem como, essas ações exigem reparos da Prefeitura”, argumenta. 

A cozinheira também conta que a situação dessa praça sempre deixa a desejar. “Faz mais de 20 anos que moro aqui e sempre temos que ligar para reclamar que o mato está alto demais. Já faz um tempo que alguns aparelhos de ginástica deixaram de funcionar. Isso a gente lia, mas parece que não adianta. Antes tinha um banco quebrado, que ficou assim por meses, demoraram bastante para arrumar”, destaca. Nas publicações recentes da Comurg, moradores de diversos bairros, como Pedro Ludovico, Guanabara, Boa Vista e Morada do Ipê reclamam de condições estruturais em praças.

“Não adianta inaugurar um monte de praça nova e deixar as outras abandonadas”, comentou um morador em uma rede social. Segundo a arquiteta e urbanista Fabíola Queiroz, a manutenção de bancos, brinquedos e aparelhos de exercício físico tem que ser realizados de forma regular pela Prefeitura de Goiânia. “Manter o mato baixo é de extrema necessidade não só para as pessoas poderem circular livremente pela praça, mas também para não prejudicar a visibilidade de motoristas que transitam perto do local. Além de favorecer a convivência pública e civil, também ajuda a prevenir acidentes”, ressalta.

Denúncias

Para ajudar a manter os espaços públicos limpos, seguros e organizados, a Comurg pede o auxílio dos moradores diante das ocorrências de furtos e depredações. Planejadas para a comunidade praticar atividades físicas e ao ar livre, as praças são patrimônio do povo. Por isso, a Comurg destaca a importância de denunciar situações de vandalismo em praças públicas. É possível acionar a polícia, pelo 190, a Guarda Civil Metropolitana pelo 153, ou a própria Comurg pelo telefone 3524-8555 ou WhatsApp 98596-8555.