Estudante de psicologia é preso suspeito de abusar sexualmente de mais de 300 crianças

Operação Conjunta da Polícia Civil e Federal revela rede de abuso virtual com jogos online como isca, enquanto suspeito produzia e compartilhava pornografia infantil

Postado em: 09-08-2023 às 17h44
Por: Tathyane Melo
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Operação Conjunta da Polícia Civil e Federal revela rede de abuso virtual com jogos online como isca, enquanto suspeito produzia e compartilhava pornografia infantil | Foto: Divulgação / PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio da Polícia Federal (PF), prenderam preventivamente na cidade de Foz do Iguaçu, um estudando de psicologia, de 26 anos, sob a suspeita de ter cometido mais de 300 casos de abuso sexual contra crianças e alguns adolescentes. As autoridades revelaram que ele poderia estar usando as habilidades que adquiriu na faculdade para influenciar e manipular as crianças.

A prisão aconteceu na manhã desta quarta-feira (9/8) e o suspeito foi preso em uma quitinete na Vila Portes, onde também foram encontrados produtos contrabandeados do Paraguai. A ação foi realizada com base em investigações que contaram com apoio de autoridades dos Estados Unidos, através de análises cibernéticas e tecnológicas que desvendaram a extensão dos abusos.

Vídeo foi divulgado pela PCPR mostrando o momento em que o quarto do estudante de psicologia foi invadido.

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As autoridades descobriram que o suspeito utilizava jogos online como isca para atrair suas vítimas, oferecendo recompensas virtuais. De acordo com a PCPR, o homem fazia o uso de videochamadas para coagir as crianças a cometerem atos sexuais, muitas vezes sozinhas e com objetos, enquanto gravava todo o ocorrido, inclusive mostrando o rosto do abusador e suas reações.

“A gente faz um alerta para os pais, muito cuidado com o que os filhos acessam, nas redes sociais, com quem eles estão conversando. Se eles estão mandando fotos deles, o que tem de fotos na galeria e no computador deles. Muito importante conversar e ter um diálogo aberto com os filhos, mostrando os riscos na internet, a existência de perfis fakes,” diz o delegado da Polícia Civil do Paraná, José Barreto.

Conforme as investigações policiais, esses abusos eram cometidos repetidamente, sendo parte de um padrão de conduta que perdurava desde 2016. Os arquivos contém provas de que os abusos infantis eram cometido por ele contra crianças e alguns adolescentes menores de 14 anos.

Em análise dos materiais apreendidos, a PCPR revelou a presença de mais de 1,7 mil arquivos envolvendo pornografia infantil, com mais de 350 desses arquivos sendo produzidos pelo próprio suspeito enquanto cometia atos de estupro de vulnerável.

O delegado da PCPR, José Barreto, informou que o suspeito armazenava grande quantidade de mídias envolvendo exploração sexual infantil, entre fotos e vídeos. “Ele teria abusado fisicamente de um criança, inclusive ali na residência que ele possuía.”

Os crimes cometidos pelo suspeito são estupro de vulnerável, estupro de vulnerável virtual, além da produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos.

“Fizeram o cumprimento da prisão preventiva, bem como conseguiram ali, analisando os equipamentos de informática, como o celular que estava na residência dele, localizaram este tipo de material envolvendo pornografia infanto-juvenil e aí ele foi preso em flagrante e delito, também pelo armazenamento,” afirma o delegado.

A delegada-chefe do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente da Policia Civil, Luciana Novaes, explica sobre a importância de alertar os pais e o novo objetivo da investigação. “Agora a nossa grande busca é identificar todas as crianças, são aproximadamente 300 crianças vítimas. Agora o nosso propósito é buscar essas crianças que são vítimas para que elas não sejam vítimas de outros autores de crimes”.

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