Preços de combustíveis variam até R$ 0,55 em diversas regiões da capital

Com tanto sobe e desce no preço encontrado nas bombas de combustíveis, fica difícil os motoristas acompanharem o que é um aumento condizente com as petrolíferas ou simplesmente valores abusivos praticados por cada posto. Em Goiânia, a população encontra preços variáveis, e conforme apurado por esta reportagem, a diferença foi de R$ 0,55 no litro de gasolina, e R$ 0,54 no litro de etanol. Valor que de certa maneira afeta o bolso do consumidor.

“Sempre estou de olho nas placas. Basta cruzar com um posto de valor inferior, que automaticamente paro e abasteço. Ser motorista de aplicativo já não é fácil, devido os custos, e com tanta diferença no preço de um posto a outro, e de uma região a outra, a saída é pesquisar ou aproveitar preços mais baixos”, argumenta Fábio Lima Silva, 38 anos, que é motorista de aplicativo de mobilidade a cerca de cinco anos.

“Semanalmente encho o tanque do meu carro, que por sinal gasta muito devido meu trajeto. Mês passado enchia o tanque gastando cerca de R$ 208 com gasolina a cada 8 dias, o que dava cerca de 40 litros. Já em agosto gastei R$ 233, no mesmo período, mas tendo que desembolsar R$ 25 a mais por semana praticamente”, conta o autônomo Antônio Cardoso.

Em um giro pela capital no último domingo (13/08), os valores mais baixos encontrados foram de R$ 5,29 no litro da gasolina, e R$ 3,19 no litro de etanol em um posto localizado na Avenida Araguaia, no centro da capital. Já na região do Jardim Goiás, as placas apontavam preços mais altos, sendo R$ 5,84 a gasolina, e R$ 3,74 do álcool, em postos da Avenida Fued José Sebba. 

Segundo o presidente do Sindiposto Goiás, Marcio Andrade, não houve aumento nem redução no preço dos combustíveis em julho, bem como nada anunciado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil) e Petrobras. “Os preços são livres e a decisão do preço é de cada empresário. O cliente vem assistido desde o início de julho, os postos praticando valores até superiores a esses apresentados na reportagem”, explica.

Marcio aponta que durante julho, mês de férias e pouco fluxo de veículos, houve a redução dos preços por conta da baixa demanda por combustível, e com o retorno do trânsito da cidade, muitos empresários de postos subiram os preços. “Nas férias muitos postos fizeram promoções, reduziram seus preços. Agora alguns desses postos estão tirando essas promoções, mas outros não. Então é isso que tem acontecido com essa diferença grande de preço, dependendo da região que o posto está localizado”, complementa o presidente do sindiposto.

Considerando essa oscilação constante, a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor do Procon Goiás, lembra que os consumidores devem ficar de olho e denunciar preços consideravelmente abusivos que são praticados nesses postos. “Quando denunciados, os estabelecimentos têm que apresentar notas fiscais que justifiquem esse recente aumento. Caso seja, novamente, constatado abuso, os postos poderão ser autuados por desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor”, ressalta o superintendente do Procon, Levy Rafael Alves Cornélio.