Incêndios aumentam com o tempo seco e causam transtornos

Incêndio nas proximidades do Aeroporto de Goiânia provoca danos no entorno das casas e na vegetação nesta segunda-feira (14)

Postado em: 15-08-2023 às 08h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Incêndios aumentam com o tempo seco e causam transtornos
Moradores reclamam de fuligem que causaram transtornos na região do Setor Jaó | Foto: Ronilma Pinheiro/O Hoje

Um incêndio em uma vegetação no Setor Jaó, que fica na Avenida Ubirajara, em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), próximo ao Aeroporto Internacional de Goiânia Santa Genoveva,  provocou danos muito perto de casas e na vegetação que foi queimada, nesta segunda-feira (14).

De acordo com o aeroporto, o incêndio dentro do sítio aeroportuário, na parte externa da cerca operacional próxima aos hangares, começou por volta das 12h40 da tarde. Na ocasião, a seção contra incêndio do aeroporto agiu imediatamente para controlar as chamas. Além disso, o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas no local.

Até o final da tarde, o incêndio havia sido controlado, mas os bombeiros continuaram atuando na ocorrência, haja vista que haviam pequenas chamas em alguns locais. O incêndio tinha duas frentes de atuação, uma para o lado do hipódromo  e outra para a região do aeroporto.

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Os comerciantes locais alegam que sofreram prejuízos em decorrência do incêndio. É o caso da Renata, que gerencia um restaurante juntamente com o esposo e teve que fechar o estabelecimento por causa da fumaça. Ao jornal O Hoje, ela diz que perderam uma quantidade significativa de alimentos. “Perdemos alimentos também porque veio muita fuligem, estragou bastante”. Além dos danos materiais, Renata alega que a fumaça causou danos à saúde. “Eu estou aqui parecendo que alguém botou fogo no meu pulmão”, conta.

Caroline Ribeiro de Moraes é servidora pública e moradora das proximidades. Caroline relata que quando se deu conta a fumaça já estava dentro da sua casa, onde mora com o esposo, a filha e quatro cachorros. “Quando eu fui no quintal, o terreno da Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] inteiro estava em chamas. E as chamas eram por volta de 2m de altura”.

No momento da ocorrência, Caroline estava sozinha em casa e entrou em desespero, foi quando decidiu ligar para o Corpo de Bombeiros. “E a mulher do bombeiro me falou que era responsabilidade da infraero. Eu tive que entrar em desespero e falar que estava pegando fogo quase dentro da minha casa”. Ela conseguiu salvar apenas os cachorros e saiu correndo o mais rápido que podia.

A servidora informou ainda que queimou uma parte do terreno que fica atrás da residência e que agora precisa levar os animais ao veterinário, porque dois deles ficaram presos na fumaça por muito tempo.

Histórico de Incêndios

O tempo seco tem provocado incêndios em Goiânia e algumas localidades no estado de Goiás, nos últimos dias. No último domingo (13/8), um incêndio atingiu duas máquinas secadoras de grãos no complexo industrial de grãos da Corteva, em Itumbiara.

Na ocasião, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para conter as chamas e informou que o foco das chamas estava nos secadores de grãos, nas proximidades da torre de classificação de sementes. Os militares utilizaram mais de 5 mil litros de água para combater o fogo. Cerca de 1/2 tonelada de sabugo de milho foi consumida pelas chamas.

O trabalho conjunto dos brigadistas da empresa e dos bombeiros do 6º BBM resultou na contenção bem-sucedida do incêndio, evitando danos mais severos e demonstrando a eficácia das equipes de resposta a emergências”, informou o 6º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) em nota.

Somente no Morro da Serrinha, em Goiânia, houve dois incêndios em menos de duas semanas. Na noite desta sexta-feira (11), o local foi atingido pelo fogo. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros levou aproximadamente 45 minutos para controlar as chamas. 

Segundo os Bombeiros, o incêndio começou por volta de 19h e espalhou rapidamente, por causa da vegetação seca e do tamanho do mato. Não houve construções atingidas e ninguém  ficou ferido.

No dia 3 de agosto, outro incêndio já havia atingido o morro. Na ocasião, o local precisou ser evacuado e o acesso à rua 1112 foi bloqueado, devido às chamas que se espalharam para casas. 

Cinco viaturas atuaram no combate ao incêndio e mais de 10 militares estiveram no local. Para conter o fogo, foram usados mais de 15 mil litros de água.

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