Goiás recebeu só 36% das doses contra meningite

O estoque recebido é destinado à vacinação no mês de agosto

Postado em: 02-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O estoque recebido é destinado à vacinação no mês de agosto

No mês de junho o Estado também recebeu um quantitativo reduzido das doses da vacina

Fernanda Martins*

Neste mês de julho o Estado de Goiás recebeu do Ministério da Saúde apenas 36% das doses necessárias da vacina meningocócica C, que protege contra a meningite. O estoque recebido é destinado à vacinação em agosto. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás, no mês de junho o Estado também recebeu um quantitativo reduzido da vacina e não há falta de outros imunobiológicos no momento. 

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não foi registrado o desabastecimento pois Goiás já tinha um grande estoque da vacina desde abril, e não houve falta durante o ano todo para crianças e adolescentes. Apesar de a quantidade de doses recebidas ser menor do que o esperado, o Estado ainda não sofre pois o estoque da vacina está eficaz.

Todos os municípios goianos têm a vacina em estoque razoável, e até o momento, segundo a Secretaria da Saúde, nenhum município e nem mesmo a população manifestou a falta das doses da meningocócica C. Isto acontece porque desde 2017 a vacina tem sobrado, e a cobertura, que deveria ser de 95% das crianças, só atingiu 84%.

Em nota o Ministério da Saúde informou que a distribuição da vacina meningocócica será normalizada a partir do mês de agosto em todo o país, e que a vacina está sendo distribuída aos estados, mas de forma reduzida, devido atrasos na entrega pelo laboratório produtor. Para municípios que estão com estoque da vacina reduzido, o Ministério da Saúde orientou a realização do agendamento da vacinação, de acordo com a disponibilidade das doses. Afirma ainda que entre janeiro e julho deste ano, foram enviadas 3,9 milhões de doses da meningocócica C aos estados, sendo 142,1 mil para Goiás. 

Sobre a Meningite

A meningite é um processo de inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. A doença pode ser causada por agentes vários infecciosos, que são os organismos causadores de infecções como baterias, vírus, fungos, dentre outros. Também pode ser causada por agentes não infecciosos.

A transmissão acontece de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias e através de outras formas. Mas para que haja a transmissão é preciso um contato prolongado com a pessoa que está com o vírus da doença, ou a convivência no mesmo ambiente.

Os principais sintomas da doença são febre alta, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos, náuseas, rigidez de nuca, e podem surgir pequenas manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de um ano de idade esses sintomas podem não ser tão evidentes, por isso é necessário atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões. 

Para o tratamento é necessário primeiro que seja feita a avaliação médica, depois o paciente é internado e medicado com antibióticos específicos para os casos.

A principal forma de prevenção da meningite é a detecção da doença e o tratamento precoce, o que evita a transmissão a outras pessoas. Existem também as vacinas para alguns tipos da doença. A meningocócica C é uma delas. Essa vacina deve ser ministrada aos 3 meses e aos 5 meses de vida, e são necessários reforços aos 12 meses e entre 11 e 14 anos. Para crianças que não receberam o primeiro reforço aos 12 meses, o Ministério da saúde orienta que a vacina poderá ser administrada até os 4 anos de idade. (*Fernanda Martins é estagiária do jornal O Hoje sob orientação do editor interino de Cidades Rafael Melo) 

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