IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,28% em agosto, influenciada pela alta da energia elétrica

Os grupos com maiores aumentos foram Habitação (1,08%), Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%)

Postado em: 25-08-2023 às 11h07
Por: Ícaro Gonçalves
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Os grupos com maiores aumentos foram Habitação (1,08%), Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%) | Foto: Reprodução

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25/8) a prévia da inflação para o mês de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Segundo o índice, os custos do consumo no país teve aumento de 0,28%, 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em julho (-0,07%).

Segundo o IBGE, a alta foi influenciada principalmente pela energia elétrica residencial (4,59%), que sofreu reajustes após o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior. Os grupos com maiores aumentos foram Habitação (1,08%), Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%).

Ainda no grupo Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,20%) é explicada pelos reajustes de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,93%), a partir de 1º de julho, e de 5,02% em Brasília (2,20%), a partir de 1º de agosto.

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Por sua vez, a queda em gás encanado (-0,31%) foi fruto de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,70%, a partir de 1º de agosto; e em Curitiba (-0,77%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto.

A alta em Saúde e cuidados pessoais (0,81%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.

Em Educação (0,71%), os cursos regulares subiram 0,74% principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

Também registraram variação positiva no mês os grupos Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).

Queda do grupo Alimentação e bebidas foi influenciada pela deflação da alimentação no domicílio

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,65%) deve-se, principalmente, à deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois últimos meses. Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%) acelerou na comparação com o resultado de julho (0,17%).

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