Hoje é o Dia da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

O dia 30 de agosto é marcado por uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central. No Brasil, 40 mil pessoas vivem com a condição.

Postado em: 29-08-2023 às 15h24
Por: Larissa Oliveira
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A Esclerose Múltipla é uma doença que não tem cura - Foto: iStock

O dia 30 de agosto é marcado pelo Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). A doença é uma das mais comuns do sistema nervoso central. De acordo com o Ministério da Saúde, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com EM. No Brasil, 40 mil pessoas vivem com a condição.

Segundo a médica neurologista Mirella Fazzito, trata-se de uma patologia autoimune que afeta o cérebro e o sistema nervoso central. “Se caracteriza por ter componente inflamatório, degenerativo e desmielinizante, afetando o cérebro, tronco encefálico e medula espinhal. É a doença desmielinizante do SNC mais prevalente”, explica.

A médica informa que a condição potencialmente incapacitante dificulta a comunicação entre o cérebro, medula e o corpo. “Vale lembrar que estamos falando de uma doença que ainda não tem cura, mas que, acompanhada de perto por um médico especialista, normalmente tem um controle clínico e evolutivo adequados”, ressalta. 

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Conforme a neurologista destaca, para cada homem com EM, há 3 mulheres com a condição. “Na maioria dos casos, a EM afeta adultos jovens de 20 a 40 anos e predomina no sexo feminino”, afirma. A Esclerose Múltipla pode ser confundida com a Esclerose Lateral Amiotrófica. Porém, apesar dos nomes semelhantes, são duas condições distintas.

Diferenças entre Escleroses

Muitos aspectos distinguem a EM da ELA. “Enquanto a Esclerose Múltipla é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca o próprio organismo, a Esclerose Lateral, também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença do neurônio motor progressiva que afeta as células nervosas (neurônios) responsáveis pelo controle dos movimentos musculares voluntários”, explica a médica.

As condições também se diferenciam pelo sistema que cada uma afeta. “A Esclerose Múltipla afeta o sistema nervoso central e causa sintomas neurológicos variados, como problemas de equilíbrio, visão e sensibilidade. Já a Esclerose Lateral Amiotrófica, se concentra no sistema motor, levando a fraqueza muscular progressiva, dificuldades de movimento, alterações na fala e deglutição”, orienta Mirella Fazzito.

Além da diferença entre os sistemas afetados, as doenças também são divergentes em relação aos sintomas. “Enquanto na Esclerose Múltipla o paciente tem uma variedade de sintomas neurológicos, como problemas de equilíbrio, visão, sensibilidade e força, na Esclerose Lateral as pessoas sentem fraqueza muscular progressiva e dificuldades de movimento, além de alterações na fala e deglutição”, completa.

Além disso, o tipo de cada uma das condições também varia. “A progressão da esclerose múltipla pode ser variável com as diferentes formas de manifestação da doença, no outro caso não, ela é progressiva desde o início, levando a uma perda gradual da função muscular”.

Por fim, a neurologista enfatiza que a Esclerose Múltipla é uma doença relativamente comum, afetando muitas pessoas em todo o mundo, diferentemente da ELA. “A Esclerose Lateral é considerada rara, o que dificulta o diagnóstico e tratamento, por isso a importância de consultar sempre um médico”, complementa Mirella Fazzito.

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