Assédio contra servidores públicos aumentam 20,7% em Goiás

Número representa uma maior documentação das queixas, e não de casos de violência, de acordo com governo.

Postado em: 29-08-2023 às 16h13
Por: João Victor Reynol de Andrade
Imagem Ilustrando a Notícia: Assédio contra servidores públicos aumentam 20,7% em Goiás
Palácio Pedro Ludovico Teixeira (Foto: Reprodução)

A Controladoria Geral do Estado (CGE), contabilizou 122 denúncias de assédio moral e sexual internas no primeiro semestre deste ano. Durante o mesmo período de 2022 foram 102 casos registrados. Segundo a CGE, as queixas passam primeiramente pela comissão disciplinar da pasta e, após a coleta de dados, se move para uma investigação interna de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). 

Caso a investigação seja comprovada como verdadeira, o perpetuador pode receber uma suspensão de 60 a 90 dias, sem o direito à remuneração e, dependendo da acusação, pode ocorrer a demissão do mesmo. Ainda de acordo com o governo, há políticas de incentivo para vítimas denunciarem os abusos cometidos pelos acusados. A pasta ainda denota que este aumento de 20,7% não representa o acréscimo de crimes em si dentro do governo, mas apenas há maiores registros de casos.

Aumento nacional de assédio

Este aumento de registros em si no número de acusações acompanha também a nível nacional. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), na primeira metade deste ano foram feitas 8.458 denúncias no ambiente de trabalho, quase o total de 8.508 queixas no ano de 2022 inteiro.

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De acordo com uma cartilha publicada pelo MPT, “o assédio moral se qualifica como um tipo de violência psicológica que se configura por meio de conduta abusiva”. Já o assédio sexual se comporta como violência, “manifestada fisicamente, por palavras, gestos ou outros meios, propostas ou impostas a pessoas contra sua vontade, causando-lhe constrangimento e violando a sua liberdade sexual.”

O ultimo caso registrado no Estado foi na penúltima quarta (16), o ex-secretário municipal Ademir Bezerra da Silva foi exonerado de seu cargo após denúncia de assédio sexual feitas por uma servidora e colega de trabalho na prefeitura de Cocalzinho de Goiás.

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