Acidentes em rodovias no último final de semana deixam 4 mortos

Em um dos casos, os veículos seguiam sentido Jussara para Aragarças, duas pessoas morreram

Postado em: 08-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em um dos casos, os veículos seguiam sentido Jussara para Aragarças, duas pessoas morreram

O acidente que aconteceu em Montes Claros de Goiás, região noroeste do Estado, resultou em duas vítimas fatais

Raunner Vinícius Soares*

No último final de semana, entre sexta-feira (3) e domingo (5) foram registrados 21 acidentes com 15 feridos e quatro mortes nas rodovias federais que cortam Goiás, de acordo com Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os casos com vítimas fatais ocorreram nas BRs 452, 050 e 070.

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O primeiro caso ocorreu em Maurilândia, região sul de Goiás, por volta das 14h da sexta-feira (03) no KM 61 da BR 452. O condutor do caminhão Mercedes benz 1113, um senhor de 65 anos, seguia de Rio Verde para Itumbiara quando saiu da pista, vindo a colidir frontalmente com um barranco, não resistindo aos ferimentos, vindo a óbito no local.

O outro em Cumari, também região sul, aconteceu por volta das 23h30 de sábado (04), no KM 313 da BR 050. Um homem de 41 anos morreu atropelado por um veículo de carga Iveco/Stralis. O veículo de carga seguia sentido Brasília.

Já em Montes Claros de Goiás, região noroeste do Estado, por volta das 15h55 do domingo (05) ocorreu uma colisão transversal – ou seja, em um cruzamento – no KM 430 da BR 070 envolvendo um Fiat/Palio Attract e uma Scania/R 440, resultando em duas vítimas fatais. Os dois veículos seguiam sentido Jussara para Aragarças.

A condutora do veículo de passeio não resistiu aos ferimentos vindo a óbito no local, os quatro passageiros foram levados ao hospital, sendo que um teve a morte constatada na chegada e os outros três ficaram com lesões leves. Com a colisão, a carreta, carregada de sal, tombou às margens da rodovia. O condutor saiu ileso.

Férias

O jornal O HOJE noticiou na última semana a conclusão do balanço da PRF no mês de férias revelando 17 mortes no total de acidentes ocorridos em julho. A maior parte das mortes aconteceu em decorrência de colisões traseiras (4), colisão lateral (2), colisões em cruzamentos (2) e atropelamentos de pedestres (2). Segundo a instituição, são tipos de acidente que ocorrem, muitas vezes, por falta de atenção, alta velocidade e ultrapassagens indevidas. Dos 17 óbitos, 7 eram condutores de motocicletas.

De acordo com a PRF,os números evidenciam a importância da fiscalização de trânsito executada pela instituição. Além do incremento da quantidade de agentes em locais e dias de maior incidência de acidentes, conforme os levantamentos estatísticos, os recursos orçamentários este ano não foram reduzidos pelo Governo Federal, como no mesmo período do ano passado. Em 2017, durante o mês de julho a PRF emitiu 15.371, contra 12.748 autuações emitidas por diversas infrações cometidas pelos condutores infratores em 2018.

Apontamentos

Os acidentes nas rodovias federais evidenciam o levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em 2017, sobre a estrutura viária goiana. Os dados mostram que dos 100 trechos de rodovias federais considerados mais perigosos no país, nove estão Goiás. A pesquisa mostra que a cada cinco acidentes nos pontos críticos goianos, em média, uma pessoa morreu em 2017. Foram 74 óbitos em 422 acidentes, dentro de um universo de 344 mortes em 2.916 ocorrências no Estado inteiro no ano passado.

Em relação à ocorrência de acidentes, os trechos rodoviários com sinalização ruim ou péssima também lideraram as estatísticas: o índice chega a 13 mortes a cada 100 acidentes em cada uma das situações. O menor registro ocorreu em trechos com sinalização ótima, sendo 8,5 mortes por 100 acidentes, 34,6% menor do que em trechos considerados ruins ou péssimos.

Alguns aspectos podem ser determinantes para as mortes e os acidentes. O estudo mostra que, considerando apenas os locais onde ocorreram colisões frontais, 53,9% dos acidentes com vítimas e 47,7% das mortes foram em segmentos onde a pintura da faixa central se encontrava desgastada ou inexistente. 

O apontamento final do estudo coloca as questões que levam a estes acidentes. “Nos locais concentradores de acidentes e de mortes no trânsito, identificados com deficiência em infraestrutura viária (projetos e manutenção) e com falta de fiscalização, investimentos de baixo custo poderiam trazer retorno significativo em termos de redução do número de acidentes e mortos”, diz estudo. (Raunner Vinícius Soares* é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor interino de Cidades Rafael Melo) 

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