Resolução de inquéritos chega a 77% nos estados do Centro-Oeste, mostra levantamento da Adepol
No Centro-Oeste, o estado com número mais expressivo de resolução dos crimes é Mato Grosso, com 93,51%
Por: Ícaro Gonçalves
Um levantamento inédito feito pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil) e divulgado na última quarta-feira (9/9) mostrou que 77% dos inquéritos instaurados em 2022 nos estados do Centro-Oeste foram solucionados.
O levantamento, feito com dados de 26 estados mais o Distrito Federal, considera os inquéritos instaurados tanto pelas Polícias Civis quanto pela Polícia Federal até o dia 31 de agosto de 2022.
No Centro-Oeste, o estado com número mais expressivo de resolução dos crimes é Mato Grosso, com 93,51%. Em Goiás, a taxa de resolução específica para os crimes de homicídio foi de 61,8%.
O presidente da Adepol do Brasil, delegado Rodolfo Queiroz Laterza, explica que o levantamento é feito a pedido da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados desde 2021.
“Baseado em fontes oficiais, com dados fornecidos diretamente por cada instituição policial demandada, esse é um estudo inédito e embasado sobre os índices de resolutividade e elucidação de inquéritos policiais das Polícias Civis e da Polícia Federal”, diz Laterza.
O estudo não mostra qual a taxa de resolução geral no estado de Goiás, já que a Polícia Civil do estado informou apenas a taxa para os crimes de homicídio.
Resolução de inquéritos no Brasil
Segundo a pesquisa, a média aritmética nacional de resolução de inquéritos ficou em 64,1% em 2022.
Na visão da Associação, a metodologia aplicada e os quesitos apresentados produzem um rico substrato documental e estatísticos das instituições, abrangendo, inclusive, o déficit de efetivo, o subfinanciamento crônico e o sucateamento progressivo das Polícias.
“Esses números são significativos e podem ser atribuídos ao trabalho abnegado e dedicado de todos os servidores das Polícias Civil e Federal”, conclui Laterza.
Leia também: Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que nenhuma cidade goiana está entre as 50 mais violentas do país