Prefeitos de 80 municípios goianos se reúnem para pedir destrave de repasses da União
A movimentação ocorre devido as perdas econômicas registradas no municípios e apresentadas pela Federação Goiana dos Municípios e a Associação Goiana de Municípios em encontrou no dia 31 de agosto
Por: Ícaro Gonçalves
Na manhã da próxima quarta-feira (13/9), cerca de 80 prefeitos de municípios goianos se reúnem em paralização na sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para reivindicar revisão e destrave de repasses da União.
A movimentação ocorre devido as perdas econômicas registradas no municípios e apresentadas pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e a Associação Goiana de Municípios (AGM) em encontrou no dia 31 de agosto.
Entre os fatores apresentados que contribuíram para a queda nas receitas estão o crescimento do salário mínimo acima da inflação; o represamento de Emendas Parlamentares durante 2023, que foi 64% menor do que o último ano; queda na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); reajuste do piso salarial do magistério e aprovação do piso nacional da enfermagem sem previsão orçamentária foram alguns dos fatores citados pelos presidentes.
“Este é um momento difícil não somente para as prefeituras de Goiás, mas para todos os municípios brasileiros. Por isso, é necessário que tenhamos ações unificadas, façamos os protestos juntos e nos organizemos para encaminhar essas pautas”, explicou o prefeito de Campos Verdes e presidente da FGM, Haroldo Naves.
Durante a audiência desta quarta (13), uma comissão de prefeitos se reunirá com os presidentes do Tribunal de Contas dos Municípios, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, da Assembleia Legislativa e com Procurador Geral do Estado para esclarecer a situação dos municípios e as dificuldades encontradas.
Em entrevista aos jornalistas do O Hoje na última segunda-feira (11), o prefeito de prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (UB), falou sobre a adesão do município à paralisação das prefeituras. “Vamos a Assembleia Legislativa para evidenciar essa crise dos municípios gerada pela queda de arrecadação”, argumenta Pellozo.
O prefeito defende que a população esteja ciente do atual cenário, porém, que não seja prejudicada pela paralisação dos serviços. “A população precisa saber a realidade do município do ponto de vista administrativo e os órgãos acima da gente também precisam saber a realidade que mais de 65% dos municípios de Goiás estão enfrentando”, disse na ocasião.
