Homem que se passava por pastor é suspeito de sequestrar mulher em Uberlândia para levá-la para uma clínica clandestina

No mês de agosto, Alécio foi preso novamente suspeito de participação na morte de um paciente.

Postado em: 13-09-2023 às 15h40
Por: Matheus Santana
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No mês de agosto, Alécio foi preso novamente suspeito de participação na morte de um paciente. | Foto: Divulgação / PC

Um homem que se apresentava como pastor foi indicado por sequestro, segundo a Polícia Civil. O inquérito mostrou que Alécio Gomes e Dennys Alves, indiciados pelo crime, sequestraram uma mulher em Uberlândia, em Minas Gerais, para interná-la em Abadia de Goiás.

Alécio e Dannys chegaram a ser presos em junho deste ano, por conta do sequestro, mas pagaram fiança e foram soltos. No mês de agosto, Alécio foi preso novamente suspeito de participação na morte de um paciente que levou um mata leão durante uma internação. O indiciamento ocorreu no início de setembro.

Segundo o portal do g1, na época, a polícia divulgou que Alécio fingia ser um líder religiosos para ter acesso aos pacientes da clínica e seus familiares. Após conquistar a família dos pacientes, ele levava as vítimas à força para internação em uma clínica clandestina de reabilitação de dependentes químicos.

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Sequestro

Durante um depoimento da equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao delegado Fabiano Henrique descreve que, pela manhã, recebeu a denúncia de que um carro passou no pedágio de Itumbiara com os dois homens na frente e uma mulher amarrada no banco de trás do veículo.

A vítima estava gritando por socorro e alegando estar sendo sequestrada, conforme o depoimento. A polícia esperou no posto da PRF de Morrinhos, e quando o veículo chegou ao local foi parado. O pastor era quem estava dirigindo o veículo, a esposa dele estava no carro e a mulher sequestrada estava no banco de trás do carro, sendo levada para internação em Abadia de Goiás.

Alécio alegou ter sequestrado a mulher em Uberlândia, a pedido do marido dela, pois ela era dependente química, já Dennys estava acompanhando para caso fosse preciso ajuda. A mulher afirmou à polícia ser dependente química. Ela também relatou ter brigado com o marido no dia anterior e ter ido para a casa da mãe. No dia seguinte ela foi abordada na rua por dois homens que queriam levá-la à clínica contra a vontade, conforme foi relatado no depoimento

Clinica 

O delegado da Polícia Civil, Humberto Soares, responsável pelas investigações, alegou que a clínica não tinha autorização da prefeitura para funcionar. “A fiscalização já havia fechado e suspendido as atividades, mas eles voltaram a funcionar clandestinamente”, explicou. Por conta disso a clínica não podia receber pacientes, além disso, os funcionários não teriam preparo para realizar as internações adequadamente.

 “Eles não têm formação na área de saúde, todos têm passagens por tráfico de drogas, lesão corporal, violência doméstica e inúmeros outros crimes”, falou.

Também foi relatado pelo delegado, que a clínica não possuía uma equipe médica e os próprios internados cuidavam um dos outros. O estabelecimento foi interditado e os 38 internos que viviam no local, foram levados para a assistência social do município e para os familiares.  

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