Goiânia lidera ranking da valorização de imóveis entre capitais brasileiras
Somente nos últimos 12 meses, o mercado teve um crescimento de 13%, aponta pesquisa da Abrainc
Por: Ronilma Pinheiro
A capital do estado de Goiás, Goiânia, é a cidade com a maior valorização no preço do metro quadrado de imóveis entre as capitais brasileiras pesquisadas, de acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), com dados da plataforma GeoBrain.
Os dados são do primeiro estudo sobre a evolução do valor do metro quadrado de novos imóveis realizado pela Abrainc com a plataforma GeoBrain e as informações são referentes às vendas de lançamentos residenciais verticais em oito estados do país.
Somente nos últimos 12 meses, o mercado teve um crescimento de 13%, aponta a pesquisa. Com isso, o valor médio do metro quadrado dos novos imóveis comercializados na capital goiana passou de R$ 7.273 para R$ 8.205. A alta ocorreu em todos os segmentos pesquisados, com destaque para os de alto padrão e luxo, que registraram uma valorização de 15%.
A valorização média dos imóveis novos na capital, só não foi maior, porque no universo analisado estão os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, que possuem preço tabelado, e, com as novas regras do programa MCMV, lançada no final do primeiro semestre de 2023, que aumentou o valor dos imóveis do programa. Pelo menos é o que pontua a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).
Para o presidente da entidade, Felipe Melazzo, essa valorização tende a aumentar no segundo semestre. Segundo ele, o valor médio de venda nos primeiros quatro meses de 2022 foi 14% maior que o preço médio comercializado de 2021.
“Quem investiu em imóveis nos últimos meses tem muito o que comemorar, pois a valorização foi grande. E a tendência é que melhore ainda mais, pois alguns possuem valorizações superiores à inflação em até 50%”, diz. “Adquirir um imóvel foi e sempre será um investimento seguro e de retorno garantido”, acrescenta. O presidente destacou ainda que aplicar em imóveis continua sendo um “excepcional investimento”.
Além de Goiânia, outras capitais também foram analisadas e também apresentaram crescimento no valor médio do metro quadrado vendido. Fortaleza (CE) apresentou um aumento de 9%, com valor médio de R$ 10.311 no metro quadrado; Curitiba (PR) teve alta de 7%, alcançando um valor médio de R$ 11.369 por metro quadrado. São Paulo (SP) registrou alta de 6% no preço médio do metro quadrado, atingindo R$ 14.605.
Ao analisar ao crescimento na capital goiana, o diretor de incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Marcos Túlio Campos, pontual que a liderança da cidade está diretamente ligada à economia cada vez mais sólida do estado, que no último ano teve um PIB duas vezes maior que o PIB do país. Segundo ele, isso impulsionou ainda mais diversos setores.
Ele destaca ainda que Goiânia sempre figurou entre as capitais com menor valor de metro quadrado há vários anos, sendo necessária essa equalização. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) entre agosto de 2019 e o mesmo mês de 2023 foi de 40%, a valorização de imóvel de um lançamento da EBM na mesma época foi de 60%, dessa forma, 50% acima da inflação, explica o executivo.
“A EBM, em um ano, conseguiu sair de preços médios de R$ 6.500/m para R$ 8200/m, apresentando, por exemplo um crescimento de 30%, nos produtos de médio e alto padrão, e um aumento de 20%, em seus produtos econômicos, que, com certeza tenderão no próximo ano a apresentar uma valorização ainda mais positiva com a ampliação do teto de valores do programa Minha Casa Minha Vida, impulsionando mais uma vez o valor de metro quadrado da cidade”, afirma Marcos Túlio.
Luiz França, presidente da Abrainc, destaca que os dados refletem a dinâmica do mercado imobiliário brasileiro em diversas regiões do país, e que isso indica que investimentos imobiliários seguem atrativos a investidores que buscam um retorno sólido em seus ativos.
Já em relação à valorização do metro quadrado em Goiânia, o presidente diz que os números do setor refletem a dinâmica de crescimento da economia de Goiás em 2022 e a percepção é que isto está se convertendo em uma readequação nos valores dos novos imóveis da capital.
