Brasil enfrenta onda de calor recorde em pleno fim de inverno; entenda

Mesmo nos últimos dias do inverno, o Brasil vêm enfrentado um aumento extraordinário nas temperaturas esta semana. São Paulo, a maior cidade do país, não só bateu, como também quebrou o recorde de temperatura mais alta deste ano por dois dias consecutivos, no domingo (17) e na segunda-feira (18).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para a piora da situação a partir de sexta-feira (22), com áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo, ultrapassando a marca dos 40°C. Em Goiás, o nível de calor é sinalizado como “perigo”, uma vez as temperaturas podem ultrapassar 5ºC da temperatura já registada e a umidade variar entre 20% a 30%.

Vale ressaltar que a chegada da primavera é neste sábado (23) e que a onda de calor tende a piorar na próxima semana.

Afinal, o que está causando esse calor intenso no Brasil?

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) de São Paulo explica que uma forte massa de ar seco está estacionada sobre o território nacional, caracterizando um bloqueio atmosférico. Essa condição meteorológica impede a passagem de frentes frias e inibe a formação de nuvens que normalmente provocam tempestades.

Além disso, o Inmet afirma que a onda de calor que assola o país é promovida por essa condição de tempo seco e favorecida pela “subsidência atmosférica”, que ocorre quando a pressão atmosférica entre a superfície e os níveis médios da atmosfera aumenta. Esse movimento inibe o desenvolvimento de nebulosidade e aumenta a temperatura da massa de ar. O órgão federal ainda prevê que o bloqueio atmosférico se intensificará entre a quinta-feira (21) e o final de semana.

Conforme explicou a meteorologista da MetSul, Estael Sias, para a CNN: “[O calor] cria um mecanismo de feedback, no qual o ar seco aquece ainda mais a atmosfera e esta, por sua vez, torna o ar ainda mais seco. Isso forma uma verdadeira cúpula de calor, que pode ser comparada a uma tampa de panela, aprisionando o calor na superfície e mantendo o ar seco a cada dia que passa”.

Apesar da predominância do tempo seco, é importante observar que dentro da onda de calor também podem ocorrer chuvas intensas localizadas, trazendo alívio temporário em algumas áreas, como ocorreu no domingo (17) em algumas regiões do estado.

Cuidados

Com o calor extremo e a baixa porcentagem da umidade do ar, o corpo exige atenção redobrada. Entre as recomendações estão: consumir bastante líquido e evitar desgaste físico e exposição ao Sol durante os horários mais quentes e secos.

Maiores informações podem ser obtidas através da Defesa Civil, no telefone 199, ou no Corpo de Bombeiros no telefone 193.