Prefeitura de Goiânia emite alerta quanto aos riscos da onda de calor

A previsão é de que, em Goiânia, as temperaturas fiquem 5ºC acima da média

Postado em: 21-09-2023 às 14h34
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Prefeitura de Goiânia emite alerta quanto aos riscos da onda de calor
A previsão é de que, em Goiânia, as temperaturas fiquem 5ºC acima da média. | Foto: iStock

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), alerta aos profissionais de saúde e à população em geral quanto aos riscos da onda de calor. A previsão é de que, na Capital, as temperaturas fiquem em 5ºC acima da média em um período que vai até domingo (24/9).

Além das altas temperaturas, a umidade relativa do ar pode chegar ao estado de emergência, com índices abaixo de 12%. A previsão para o domingo é de temperatura máxima em torno de 39ºC e umidade mínima de 10%.

A diretora de Vigilância em Saúde, Marília Castro, explica que a ocorrência de dias com elevada temperatura (acima de 32ºC) representa riscos para a saúde, especialmente em populações com condições vulneráveis a agravos e doenças relacionadas ao calor.

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“Neste grupo temos: crianças; idosos; acamados; portadores de doenças crônicas; pessoas com transtorno mental ou sofrimento psíquico e pessoas que utilizam determinados medicamentos, tais como: anti-hipertensivos, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos, neurolépticos”, explica a diretora.

Principais impactos sobre a saúde

Ainda fazem parte do alerta, as consequências do calor sobre o corpo humano. Entre elas, destacam-se:

  • Stress térmico: resultado da sobrecarga de calor no corpo, no qual a temperatura corporal está acima de 40°C e há a perda completa ou parcial de consciência e/ou capacidade mental reduzida.
  • Exaustão pelo calor: causada pela perda excessiva de água e sal, cujo sintomas incluem a transpiração, fraqueza, tonturas, náuseas, dor de cabeça, câimbras musculares e diarréia.
  • Desmaios pelo calor (síncope): ocorre pela perda de fluídos do corpo por meio do suor e pela diminuição da pressão sanguínea. Os sintomas incluem tontura temporária e desmaios resultantes de um fluxo insuficiente de sangue para o cérebro enquanto a pessoa está em pé ou sentada.
  • Cólicas pelo calor: ocorre devido ao desequilíbrio de sal resultante de uma falha para substituir o sal perdido através de transpiração excessiva, a principal manifestação são as dores musculares excessivas.
  • Brotoeja pelo calor (miliária rubra): é a manifestação da inflamação de glândulas sudoríparas ocluídas que são acompanhadas de pequenas manchas vermelhas na pele.
  • Edema pelo calor: inchaço induzido pelo calor, frequentemente perceptível nos tornozelos, pés e mãos.
  • Intoxicação alimentar: o calor pode estragar mais rapidamente os alimentos se não conservados adequadamente.

Recomendações gerais

  • Evitar a exposição direta ao sol, em especial, entre às 10 e às 16 horas.
  • Aplicar protetor solar diariamente, de preferência de 3 em 3 horas.
  • Usar chapéus e óculos escuros, proteger as crianças com chapéu de abas.
  • Usar roupas soltas, de preferência de algodão.
  • Diminuir os esforços físicos e preferir repousar em local fresco, arejado e com sombra.
  • Não fazer atividades físicas cansativas sob o sol.
  • Aumentar a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede.
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;
  • Fazer refeições leves, pouco condimentadas.
  • Manter ambientes domésticos e de trabalho bem ventilados ou climatizados.
  • Para as pessoas que trabalham na rua como garis e vendedores ambulantes, por exemplo, recomenda-se pausas com maior frequência às sombras, utilização de protetores solares e muita hidratação. Se possível reduzir a exposição entre 10 e 17 horas.

Recomendações para as escolas

  • Incentivar os estudantes a levar garrafas de água de casa para as escolas e repor sempre que necessário.
  • Oferecer água, se possível gelada, para os estudantes, várias vezes durante o período de aula, mesmo que não queiram tomar, e explicar a importância da ingestão de água.
  • Suspender as atividades que requeiram esforço físico, principalmente atividades ao ar livre no período compreendido entre 10 e 17 horas, substituindo-as por jogos de mesa, aulas de música, leitura e pesquisas.
  • Preferir a utilização de roupas mais leves e claras e utilizar protetor solar.
  • Dê preferência a lanches leves como frutas ou a base de vegetais. Evitar laticínios, como queijo e iogurtes, que podem estragar fácil caso não sejam mantidos em refrigeração adequada.
  • Evitar brincadeiras de agitação, para evitar que as crianças transpirem e desidratem.
  • Promover momentos refrescantes com atividades com o uso de água, como utilização de borrifadores e mangueiras.
  • Os profissionais da unidade escolar devem ter atenção redobrada para identificar crianças abatidas. Em casos de desmaios, tonturas, epistaxe (sangue e coágulos pelas narinas) e mal-estar, acionar as famílias e encaminhar para a unidade de saúde mais próxima.

Apesar do Instituto Nacional de Meteorologia disponibilizar a previsão de temperaturas até domingo (24/9), as recomendações deverão continuar sendo adotadas nos próximos meses, uma vez que as temperaturas poderão se manter elevadas.

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