Grávida da Bahia dá à luz gêmeas siamesas em Goiânia

As irmãs nasceram na 37º semana de gestação e compartilham apenas o fígado. Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas

Postado em: 22-08-2018 às 14h25
Por: Katrine Fernandes
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As irmãs nasceram na 37º semana de gestação e compartilham apenas o fígado. Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas

Katrine Fernandes

Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos,deu à luz gêmeas siamesas na manhã desta quarta-feira (22), no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. As irmãs nasceram na 37º semana de gestação e compartilham apenas o fígado. Juntas, elas pesam 4,785 kg. Uma delas possui uma cardiopatia cianogênica grave. O problema precisará ser corrigido, mas, de acordo com o hospital, o procedimento não é realizado em Goiás. 

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A mãe da meninas veio de Salvador com o marido na última segunda-feira (20), ela continua internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI. O quadro de saúde dela é considerado bom. Já as recém-nascidas, que são unidas pelo tórax e abdômen, estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal em estado grave, porém estável. Ambas respiram com auxílio de oxigênio inalatório. 

Segundo o hospital, não há previsão de alta tanto para a mãe, quanto para as recém-nascidas.

Referência

O HMI é considerada unidade de referência no parto de siameses. É o único hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) habilitado para realizar cirurgias de separação. Já foram registrados 38 casos, com 18 separações.

O último parto de siameses havia ocorrido em 23 de maio deste ano. Uma empregada doméstica do Tocantins deu à luz a duas meninas unidas pela cabeça, tórax e parte do abdômen. As bebês morreram duas horas depois.

O primeiro caso de separação de siamesas ocorreu em 2000. Larissa e a irmã Lorrayne nasceram em setembro de 1999 em Goiânia. As gêmeas eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. Elas foram separadas aos 10 meses de vida. 

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