Polícia Civil investiga misteriosa morte de fisioterapeuta em Goiás 

Suspeito diz ter sido contratado pelo ex-companheiro da vítima para esconder o corpo

Postado em: 04-10-2023 às 09h00
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia Civil investiga misteriosa morte de fisioterapeuta em Goiás 
Na madrugada anterior, a jovem havia postado uma foto nas redes sociais | Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Goiás investiga mais um caso misterioso que aconteceu em Rio Verde, na região sudeste de Goiás. A fisioterapeuta Larissa Araújo, de 25 anos, foi encontrada nas margens da BR-060, após o capotamento de um veículo. O corpo dela estava envolto de um lençol. 

Na madrugada anterior, a jovem havia postado uma foto nas redes sociais. Era 1h 28min e ela estava assistindo um desenho animado. A morte da jovem aconteceu entre às 5h e 6h, momento esse que, Jeferson Erivaldo, de 25 anos, natural do Rio Grande do Norte, invadiu a casa da fisioterapeuta. Segundo a Polícia Civil ainda há dúvidas de como o suspeito entrou na casa da vítima, pois nas imagens de segurança apurada pela polícia, é possível ver movimentações na residência de Larissa durante a madrugada. Por volta das 6h, Jeferson sai da casa vítima dirigindo um veículo que era da fisioterapeuta, dentro do carro estava uma TV, um botijão de gás, um notebook e o celular da mulher. As imagens das câmeras de segurança não foram divulgadas.

“Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furto, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas”, disse o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso.

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No banco de trás do veículo, estava o corpo de Larissa, enrolado em um lençol com os pés e as mãos amarradas. A Polícia Civil revelou que o motivo de o carro ter capotado, foi porque Jeferson teria se assustado com o corpo da vítima, que estava atrás do veículo. “A praia dele é furto e roubo. Ele, inclusive, falou que capotou o carro porque ficou nervoso ao ver o corpo atrás do veículo. O investigado chegou a dizer que havia sido contratado por um bombado e até mostrou uma foto dele no celular da vítima, mas ele não soube dizer nome, endereço, profissão, nada”, relatou Adelson.

No momento em que o carro capotou, o corpo de Larissa foi arremessado do veículo. O reconhecimento do corpo foi feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que utilizou as impressões digitais da mulher. Além do IML, a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram acionadas. O rapaz foi levado preso e na delegacia ele relatou que tinha sido contratado pelo ex-namorado da vítima e iria receber R$ 100 para sumir com o corpo, mas ele apresentou inconstância no depoimento, mudando a versão dos fatos quando questionado pelo delegado da Polícia Civil.  

Acusado por ser mandante do crime, o ex-namorado de Larissa foi levado até a delegacia. O homem, que não teve o nome divulgado, será investigado. Ele não foi preso por não ter nada que indicasse, como prova, sua participação. “Esse outro suspeito, [o ex-namorado], foi conduzido para a delegacia, mas não vai ser autuado, ele será investigado. Não será autuado, pois não há provas no momento capaz de autuá-lo em flagrante”, disse o delegado.

A Polícia Militar também afirmou que o suspeito é usuário de drogas e que não tinha nenhum relacionamento com a vítima. Jeferson também possui várias passagens envolvendo furto e roubo.

Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) informaram que as marcas no corpo de Larissa indicam que ela foi morta por enforcamento, além das marcas também foi encontrado no corpo da vítima um material genético masculino, por conta disso Jeferson também deve responde pelo crime de estupro. Uma perícia será feita para confirmar se o DNA encontrado é do suspeito. O prazo para que o laudo fique pronto é de 7 a 15 dias.    

Durante o depoimento, Jeferson negou ter estuprado a vítima, mas logo ele mudou a versão e confessou o crime. “O investigado negou o crime na primeira versão, mas na segunda ele confessou a prática do estupro. Foi encontrado material genético masculino no corpo da vítima e agora vamos aguardar o exame para confirmar se ele abusou sexualmente dela. O exame também vai detectar se ela foi abusada antes ou depois de morta”, explicou o delegado.

A Polícia Civil agora aguarda o resultado da autópsia que está sendo apurado pelo IML, já Jeferson Erivaldo continua detido, em Rio Verde, também até a conclusão da autópsia. 

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