Operação revela esquema de fraude no Seguro Desemprego

Resultando em um prejuízo de quase R$ 12 milhões aos cofres públicos, sete pessoas foram presas

Postado em: 04-10-2023 às 15h26
Por: Luana Avelar
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Resultando em um prejuízo de quase R$ 12 milhões aos cofres públicos, sete pessoas foram presas. | Foto: Divulgação/PF

Em uma ação conjunta entre o Ministério de Trabalho e Emprego (MTE) e forças de segurança de cinco estados brasileiros, a Operação RedeX revelou um esquema de fraude no seguro desemprego que já havia causado um prejuízo de quase R$ 12 milhões de reais aos cofres públicos.

A operação teve origem a partir de uma denúncia encaminhada ao MTE em outubro de 2022. O denunciante relatou um caso em que um servidor foi abordado por uma pessoa oferecendo vantagens indevidas em troca da senha de acesso aos sistemas. Essa senha seria posteriormente utilizada para inserir informações falsas no sistema, possibilitando o recebimento irregular de parcelas do seguro de desemprego.

Até o momento, foram presas sete pessoas envolvidas no esquema, e 13 buscas e apreensões foram realizadas em diferentes estados do país, incluindo Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Pará e Maranhão. Entre os detidos, consta um servidor público temporário vinculado ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), que foi preso na cidade de Jatai.

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A investigação aponta para a suspeita de uma organização criminosa baseada em Redenção, no Pará, que coordenava o esquema. Três grupos distintos estavam envolvidos, recrutando servidores públicos e oferecendo quantias substancialmente superiores aos seus salários em troca de suas senhas de acesso ao sistema do MTE. A partir disso, os fraudadores inseriam informações fictícias, como contratações e demissões, resultando no desvio dos recursos. O prejuízo aos cofres públicos já ultrapassa R$ 11,9 milhões. Com a operação em curso, estima-se que cerca de R$ 7,2 milhões tenham sido evitados em prejuízos até o momento. A investigação continua e espera-se que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias.

“É importante ressaltar que os crimes que estão sendo apurados são: corrupcao ativa, inserção de dados fraudulentos no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego, associação criminosa além de estelionato marjorado. O inquérito deve ser concluído no prazo de 60 dias e seguirá para a Polícia Federal em Goiás”, disse o delegado de Polícia Federal, Mário Sérgio.

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