Ações operacionais vão melhorar o serviço no curto prazo, promete presidente da Equatorial

Em reunião com dirigentes de cooperativas, Lener Jayme afirmou que a companhia vai fazer investimentos massivos nos próximos cinco anos em infraestrutura e ações operacionais

Postado em: 05-10-2023 às 21h14
Por: Vitória Bronzati
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Lideranças ligadas à OCB/GO relatam custos excessivos com geradores e dificuldades de expansão da produção | Foto: Divulgação/Equatorial

Dirigentes de cooperativas goianas, liderados pelo presidente do Sistema  OCB/GO, Luís Alberto Pereira, reuniram-se na tarde desta quinta-feira (05/10), na  sede da entidade, em Goiânia, com o presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, para conhecer  os desafios, ações e planos da companhia, de  modo  a adequar os projetos de expansão das cooperativas e evitar frustrações e prejuízos.

O presidente da Equatorial explicou aos dirigentes cooperativistas que os problemas de interrupção no fornecimento de energia são decorrentes da rede de distribuição extremamente degradada. Essa situação, segundo ele, é a pior do Brasil e se agravou nas últimas semanas, em razão da sobrecarga de demanda provocada pela onda de calor que atinge o País e o Estado, desde o início do mês de setembro.

“Não vamos resolver em um ano. Estamos aqui há nove meses e não vamos passar a ter um serviço de qualidade de uma hora para outra, depois de 20 anos de desinvestimento. Sabemos que temos muito a fazer e faremos muito, melhorando a cada ano”, prometeu o presidente da Equatorial.

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As ações operacionais, a exemplo da limpeza das áreas de linha, segundo Lener Jayme, já estão dando bons resultados, mas a onda de calor, que deve se estender até o fim do mês de outubro, atrapalhou os resultados. “Estamos numa evolução gradativa, aproximando nossas equipes da sociedade em todo o interior do Estado com nossos mutirões operacionais. Já fizemos mais de mil quilômetros de limpeza de faixas e já podamos mais de 150 mil árvores”, afirmou.

Lener Jayme ouviu dos dirigentes do setor cooperativista queixas sobre as perdas frequentes de leite por falta de energia, que obrigam os pecuaristas a descartar o produto, e sobre o aumento de custos de produção e armazenagem, devido à necessidade de uso intensivo de geradores movidos a óleo diesel. Diretor industrial da Comigo, Paulo Carneiro Junqueira afirmou que a cooperativa gasta cerca de R$ 9 milhões por ano, com a compra de óleo diesel, para manter em funcionamento mais de 80 geradores usados pela cooperativa na geração de energia.

Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira considerou produtiva a reunião. “Houve uma abertura para um diálogo transparente com a Equatorial, que se prontificou a resolver problemas pontuais e a nos orientar nos planos de expansão das cooperativas, mostrando o que é viável ser feito em relação à oferta de energia em cada região do Estado”, avaliou.

Expansão

O setor cooperativista em Goiás tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, com investimentos de grande porte em expansão e novas plantas industriais. Esse movimento por parte do setor produtivo, destaca Luís Alberto Pereira, demanda um fornecimento confiável de energia.

O dirigente ponderou que a qualidade do serviço de distribuição de energia em Goiás é um problema que há anos afeta o setor produtivo e a população em geral, em razão da insuficiência de investimentos na expansão e manutenção das redes. “A Equatorial assumiu a concessão no fim de 2022 e tem feito investimentos, mas a defasagem é grande e a demanda crescente. Enquanto a Equatorial estiver fazendo a sua parte, precisamos apoiá-la, sem deixar de acompanhar a evolução dos serviços prestados”, enfatizou.

Participaram da reunião o deputado estadual Virmondes Cruvinel, o vereador Denício Trindade e os dirigentes de cooperativas Sérgio Penido (Complem), Valdenor Cabral e Arlan Lemes (Coopmego), Fábio Araújo Prudente (Uniodonto Goiânia), José Lourenço e Astrogildo Gonçalves (Coapil), Pedro Barbosa (Centroleite), Antônio Carlos Borges (Agrovale), Paulo Carneiro Junqueira (Comigo), Regis Machado (Comiva) e Osmando Ferreira de Sousa (Coomafab).

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