Governo Federal autoriza para obras do Macambira 

Ministério do Planejamento e Orçamento autoriza segunda etapa do Programa Macambira Anicuns na Região Norte de Goiânia

Postado em: 06-10-2023 às 09h00
Por: Redação
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Ministério do Planejamento e Orçamento autoriza segunda etapa do Programa Macambira Anicuns na Região Norte de Goiânia | Foto: Seplahn

O Governo Federal, por meio do Ministério de Planejamento e Orçamento, autorizou a Prefeitura de Goiânia a iniciar as tratativas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em busca de financiamento para continuidade do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns. O PUAMA II, como está intitulado o projeto, irá abranger os três últimos setores do parque linear, localizados junto à vazante do Ribeirão Anicuns, na Região Norte da Capital.

Apresentada ao Ministério em abril deste ano pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), a carta-proposta do PUAMA II, que foi elaborada pela equipe técnica da Unidade Executora do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (UEP), ficou em sexto lugar dentre 25 projetos analisados pela Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX).

Orçada em cerca de US$ 75 milhões, a segunda etapa do Puama irá abranger 43 bairros localizados nas imediações do Ribeirão Anicuns, entre a Vila João Vaz e o Setor Urias Magalhães. O seu foco principal é a recuperação de áreas degradadas na região, com obras de micro e macro drenagens para a redução das áreas de inundação, mitigando, assim, as ocorrências de assoreamento e restabelecendo o equilíbrio da fauna e flora na região.

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“Mais do que a construção de um belo parque, a continuidade do Puama na Região Norte da Capital é mais um grande passo dado pela atual gestão para solucionar uma série de problemas que afetam inúmeras famílias. Um dos exemplos é o aumento na capacidade de vazão das águas do Anicuns e as obras de drenagem ao longo desses bairros, possibilitando a redução dos alagamentos na região” destaca o secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Valfran Ribeiro.

De acordo com a resolução publicada pela Cofiex, o município está autorizado a buscar financiamento de até 80% do valor total do projeto, o que representa cerca de US$ 60 milhões. Os outros 20% restantes, cerca de US$ 15 milhões, deverão ser assegurados pela própria Prefeitura de Goiânia como contrapartida do projeto, oriundos do tesouro municipal.

O projeto aprovado pela comissão também prevê, além das obras de infraestrutura básica e de proteção ambiental, melhorias na acessibilidade e mobilidade urbana, a requalificação de espaços públicos, melhorias habitacionais para as famílias residentes na área de abrangência e a implantação de equipamentos voltados à prática de atividades de esporte, lazer e convivência em comunidade.

O Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns corresponde a um conjunto de ações a serem desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Goiânia, por meio de uma Unidade Executora do Programa (UEP), focadas essencialmente na questão ambiental e sua sustentabilidade.

Estes elementos estão presentes no espírito da administração pública desde a concepção original de Goiânia, mediante a criação de um núcleo urbano, estrategicamente localizado, através de um Plano Urbano, elaborado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, pautado na idéia das cidades-jardim, procurando resguardar a organização e ordenação dos espaços urbanos integrados ao verde dos bosques e fundos de vale.

O Plano original citado constitui hoje o centro da cidade, onde se localizam grande parte dos principais equipamentos urbanos e serviços administrativos. Em termos espaciais, a ocupação urbana de Goiânia apresenta um desenho marcado por eixos radiais espalhando-se para a periferia em adensamentos decrescentes com núcleos esparsos de altíssima densidade. Observa-se ainda um crescimento populacional nas áreas de fundos de vales que vem se tornando, ao longo das últimas décadas, espaços altamente impactados em termos ambientais.

De acordo com a Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA, todos os 83 cursos de água catalogados que cortam Goiânia estão poluídos, sofrendo ainda com outros problemas na área urbana da cidade, sendo os principais: as edificações em área de preservação, os processos erosivos, os lançamentos de esgotos in natura nos mananciais, a disposição de resíduos sólidos ao longo dos vales e a falta de proteção adequada para as áreas de recarga dos lençóis freáticos.

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