Osteoporose: diagnóstico tardio em homens prejudica tratamento

Embora a doença atinja mais mulheres do que homens, são os pacientes do sexo masculino que, geralmente, enfrentam os quadros mais graves

Postado em: 06-10-2023 às 09h21
Por: Ícaro Gonçalves
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Embora a doença atinja mais mulheres do que homens, são os pacientes do sexo masculino que, geralmente, enfrentam os quadros mais graves | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A osteoporose é uma doença silenciosa que atinge entre 10 milhões e 15 milhões de brasileiros, segundo estimativas do Ministério da Saúde, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Embora a doença atinja mais mulheres do que homens, são os pacientes do sexo masculino que, geralmente, enfrentam os quadros mais graves. Isso porque o diagnóstico no público masculino ocorre majoritariamente em maneira tardia.

“O osso tem uma consistência, de densidade, de dureza. Com o tempo ele vai perdendo isso e ficando frágil”, explicou Marco Antonio Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

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“Se você tem alguma doença inflamatória – como reumática, por exemplo – ou outra como diabetes ou asma, esses ossos vão perdendo ainda mais cálcio, ficando mais frágeis. E alguns medicamentos também diminuem essa dureza do osso, como corticoides e anticoagulantes. Osteoporose é essa fragilidade óssea que leva a uma fratura”, completou.

Resistência a consultas médicas

Um dos problemas em se buscar um médico mais tardiamente é o fato de que a doença vai evoluindo. Com isso, o tratamento pode ficar prejudicado. “Sempre faço essa comparação entre uma vela e uma chama. Se é uma vela só, você a apaga rapidinho. Mas se essa vela causa chama na sala, fica mais difícil de apagar”, exemplificou o médico.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, por isso é importante que o diagnóstico da osteoporose seja feito precocemente. “Se uma mulher de 35 anos tem uma fratura, tem que pesquisar por que ela quebrou aquele osso, para saber se foi só uma queda, um trauma ou se tem uma doença de base, que pode ser por falta de hormônio feminino ou doença crônica associada”, afirmou.

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Com informações da Agência Brasil

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