Enem 2023: revisão é essencial na reta final de estudos

Candidatos correm contra tempo para sucesso no Enem

Postado em: 07-10-2023 às 08h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Todo ano milhares de estudantes no país se preparam para o Enem, exame que possibilita a entrada em universidades federais e particulares | Foto: Divulgação

É a reta final de estudos daqueles que irão fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Faltam apenas 28 dias para os portões de escolas e universidades de todo o Brasil se abrirem para os estudantes que sonham com o curso superior realizarem as inúmeras questões de variadas áreas do conhecimento, que podem ser a porta direta para uma graduação.

Todos os anos milhares de estudantes em todo o país se preparam para o Enem, exame que possibilita a entrada em universidades federais e particulares e o tão sonhado diploma no ensino superior. Mas conciliar rotina de estudos, descanso e hábitos saudáveis é fundamental para conseguir bons resultados.

O Enem, que será realizado nos dias 5 e 12 de novembro, possui um modelo de prova extensa e cheia de referências interdisciplinares, o que exige dos estudantes uma preparação longa e abrangente. Por isso, até mesmo no último mês antes da prova, é importante intensificar essa preparação, com foco principalmente nos conteúdos que costumam ser mais cobrados, para que seja possível garantir bons resultados.

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O coordenador do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Danilo Capelari, destaca que “uma boa estratégia é trabalhar principalmente os assuntos mais frequentes na prova e aqueles conteúdos em que o estudante tem mais dificuldade”.

Além disso, para os últimos dias de estudo, o especialista afirma que a  realização de exercícios é fundamental, já que é a melhor forma de fixar os conteúdos abordados. Dessa forma, no último mês de preparação, resolver simulados é crucial para que o estudante entenda e se acostume com o formato das questões do Enem.

“Uma dica bacana é a de baixar, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelo menos as cinco últimas provas do Enem. Assim, o candidato tem uma melhor percepção dos assuntos abordados e da formulação das perguntas do exame”, detalha o especialista, que também recomenda cronometrar a realização dos simulados, a fim de ir se adaptando à realidade da prova. Após a resolução das provas anteriores é importante conferir os gabaritos, para que se tenha um termômetro da própria preparação e a partir disso possa focar nos conteúdos que ainda não foram devidamente assimilados.

Em relação à primeira semana de novembro, que são os últimos dias que antecedem a prova, Capelari, aconselha que os estudantes usem esse período para fixar ainda mais os assuntos em que o candidato tem facilidade, além de não falhar os momentos de descanso, uma vez que segundo ele, é difícil que o candidato consiga absorver novas informações ou concretizar aquelas que ainda não foram tão bem compreendidas. “Nesses últimos dias, a parte mais importante é que o estudante esteja com a cabeça descansada e focada no que aprendeu. Por isso, as horas de estudo nesses últimos dias devem ser concentradas nos conteúdos que são realmente importantes. Também é fundamental priorizar o descanso, aliado aos hábitos saudáveis de alimentação e exercícios físicos. Assim, o candidato estará 100% preparado mentalmente para a realização da prova”, finaliza.

A Gerente Pedagógica da Plataforma PAR, Talita Fagundes, explica que  revisitar as últimas edições para se familiarizar com o formato das questões é uma maneira de identificar assuntos que possam reforçar a assimilação do conteúdo um pouco mais. “Refazer provas das edições anteriores pode servir como um mapa dos pontos fortes e também um indicativo do que pode ser aprimorado”, afirma.

Além disso, o ato de fazer os exercícios também é fundamental para analisar o tempo de resolução gasto para cada questão, pontua a  especialista. “É importante lembrar que ficar tempo demais em uma das questões pode comprometer a resolução das demais e a prova como um todo. No entanto, ‘chutar’ respostas deve ser a última alternativa. Isso diminui o risco de penalizações em questões afins, já que a prova é corrigida pela TRI (Teoria de Resposta ao Item)”, aponta.

Outra questão importante é estar atualizado sobre os temas atuais, caso algum deles seja o tema da redação. Segundo os especialistas, uma das apostas para a edição deste ano é que o tema Inteligência Artificial seja abordado. 

Participação dos pais influencia desempenho de estudantes na prova do Enem

Os alunos com maior participação dos pais na vida escolar têm um desempenho melhor em relação aos estudantes que convivem com um envolvimento menor da família, é o que revela o último levantamento realizado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), com dados coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo os dados, a média dos alunos que receberam menos apoio dos responsáveis foi de 357 pontos, enquanto que aqueles que contaram com maior participação dos pais alcançaram uma média de 414 pontos, em uma avaliação na qual a pontuação máxima é de 500. Desse modo, entende-se, que, quando os responsáveis estão envolvidos no cotidiano escolar, tendem a oferecer melhores condições de desenvolvimento para crianças e adolescentes.

O consultor pedagógico da Conquista Solução Educacional, Anderson Leal, diz que o principal motivo dessa melhora de desempenho está relacionado à questão emocional. “Crianças e adolescentes precisam de pais dispostos a oferecerem amor, carinho, cuidado, proteção e orientação, especialmente nessa época de vestibular, quando as incertezas estão presentes na mente dos estudantes”, aponta. Esse cuidado, deixa os alunos mais tranquilos para tomar decisões relacionadas à educação, e isso é refletido também nas provas e vestibulares.

No entanto, para que essa participação ativa aconteça de forma benéfica, é fundamental que os responsáveis demonstrem interesse pelo que acontece na escola e participem ativamente das tarefas de casa e dos eventos promovidos no ambiente escolar.

A presença das figuras parentais no ambiente escolar é fundamental para moldar o comportamento dos jovens, afirma o especialista. “O primeiro papel dos pais é de modelar o comportamento dos filhos. As crianças e adolescentes olham para os responsáveis como um modelo comportamental e, querendo ou não, eles aprendem determinadas competências e habilidades por meio dessa modelagem”, detalha.

O consultor pedagógico ressalta ainda que os estudantes que veem nos pais um modelo de alguém que se preocupa com a educação dos filhos, tendem a levar a sério a vida escolar e, consequentemente, se sair bem nas atividades desde o Ensino Fundamental até os vestibulares e universidades.

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